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Ministério Público pediu prazo de 45 dias para receber dados do Brasil sobre antigo deputado Duarte Lima

Antigo deputado Duarte Lima foi acusado pelo homicídio de Rosalina Ribeiro, no Brasil, em 2009.

15 de julho de 2025 às 18:35

O Ministério Público pediu um prazo de 45 dias, até início de setembro, para receber as gravações do Brasil relacionadas com o processo do ex-deputado do PSD Duarte Lima por homicídio e decidir o futuro do processo.

De acordo com o despacho com data de 02 de julho, a que a Lusa teve acesso, o juiz do Tribunal de Sintra responsável pelo caso, Carlos Camacho, aceitou o pedido do Ministério Público para que fosse estabelecido um prazo de 45 dias para receber as gravações que têm sido, repetidamente, pedidas à Justiça brasileira.

O prazo de 45 dias termina, por isso, depois das férias judiciais. Nessa altura, se do tribunal do Brasil não chegar qualquer prova de vídeo e áudio para juntar ao processo, o Ministério Público deverá pronunciar-se sobre o futuro do processo relacionado com a morte de Rosalina Ribeiro, cujo julgamento chegou a estar marcado para novembro de 2022.

Em junho do ano passado, a justiça brasileira disse não ter os suportes informáticos pedidos por Portugal, tendo sido enviada pela Procuradora-Geral da República (PGR) uma nova carta rogatória para o Brasil a 12 de novembro do ano passado.

No despacho assinado a 28 de outubro de 2024, o juiz responsável pelo caso pediu nova carta rogatória e juntou, "para integral esclarecimento", cópia das peças processuais em que são feitas referências a tais gravações.

Num outro despacho, assinado três dias antes, o mesmo juiz defendeu que o pedido feito anteriormente "era perfeitamente claro e que tinha sido plenamente compreendido". Tendo em conta o "impasse" criado pela falta das gravações, o juiz Carlos Camacho reconheceu que "é insustentável o prolongamento no tempo da falta de transmissão integral do processo".

Para o Ministério Público, as gravações pedidas por Portugal têm "manifesta relevância para a boa decisão da causa e para a descoberta da verdade material", referiu num pedido feito no ano passado, quando defendeu que fosse feito um novo pedido com a indicação das peças processuais onde existem referências às gravações.

O antigo deputado Duarte Lima foi acusado pelo homicídio de Rosalina Ribeiro, no Brasil, em 2009. O início do julgamento chegou a estar marcado para novembro de 2022, mas tem sido adiado - primeiro por falta de notificação das testemunhas que estão no Brasil e depois pela falta das gravações.

O Ministério Público acredita que Duarte Lima terá recebido na sua conta bancária valores transferidos por Rosalina Ribeiro, que eram referentes à herança de Lúcio Thomé Feteira. O antigo deputado do PSD terá insistido para que Rosalina Ribeiro assinasse uma declaração que afirmava que Duarte Lima não possuía dinheiro que não lhe pertencia e, perante a recusa, defende o Ministério Público, Duarte Lima terá matado Rosalina Ribeiro.

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