Líder do PSD garantiu que está preparado "para ser primeiro-ministro" e se necessário apresentar uma moção de censura.
O presidente do PSD disse esta quarta-feira a António Costa que esta ainda "é a sua hora" de governar, mas avisou que quando entender que é o momento de interromper a legislatura irá fazer esse apelo ao Presidente da República.
Na abertura do Conselho Nacional do PSD, Luís Montenegro disse compreender quem se sente "frustrado, dececionado, defraudado" com o primeiro ano da maioria socialista, mas defendeu que só um partido irresponsável pediria um terceiro ato eleitoral em três anos.
"Dr. António Costa, esta é a sua hora, é hora de mostrar o que vale, não é hora de arranjinhos no parlamento com PCP e BE, não é hora de ir atrás de uma maioria absoluta que já tem, é hora de dizer que ainda é merecedor da tarefa que o povo lhe atribuiu e que ainda está a tempo de recomeçar a sua governação", apelou.
No entanto, acrescentou, se "não estiver à altura da sua hora, o país terá mecanismos para poder atalhar caminhos", defendendo que o PSD está "sempre preparado para eleições" e o líder do PSD "para ser primeiro-ministro".
"No dia em que concluirmos que o Governo não tem condições para prosseguir, não vamos a correr ver quem chega primeiro, não vamos com manobras de diversão. Vamos ao senhor Presidente da República dizer por mais A mais B porque é que a realidade política e económica do país reclama a interrupção da legislatura", afirmou.
Nessa altura, admitiu, o PSD até poderá apresentar uma moção de censura, "mas com consequências, porque queremos que o Governo caia".
"Se queremos que haja um processo eleitoral, quem pode convocar? O Presidente da República", afirmou, salientando que num quadro de maioria absoluta "não é no parlamento que este Governo vai cair".
Na sua intervenção, Montenegro fez um balanço do primeiro ano da maioria absoluta do PS, que se completará na próxima segunda-feira, e desafiou os portugueses a pensarem o que lhes ficou na memória.
"Este ano tem uma marca, tem a marca do desnorte, da incapacidade, da falta de liderança. É a marca do desmerecimento da confiança que António Costa recebeu do povo português", afirmou.
Dizendo não querer lembrar todos os 'casos' que marcaram este primeiro ano, Montenegro não resistiu a "exemplificar dois ou três", voltando a atirar ao ministro das Finanças, Fernando Medina, ao ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos e ao ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Sobre Medina, considerou que "o padrão é o mesmo sempre": "Não sabia, não tive conhecimento, não cuidei de saber", criticou.
"Embora pelos dias que correm nunca sabemos se a memória dos membros do Governo não se aviva à medida que os dias vão passando", ironizou, referindo-se à admissão recente de Pedro Nuno Santos de que afinal sabia e autorizou a indemnização na TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.
Para Montenegro, se as Infraestruturas não informaram as Finanças desta indemnização "o Governo está mesmo sem rei nem roque".
"Ou então isso aconteceu e o ministro das Infraestruturas está a mandar um sinal que talvez nas Finanças alguém soubesse também. Eu não sei, não faço juízes de valor", disse.
Já sobre o MNE e ex-ministro da Defesa, considerou que também "há muitos indícios de qualquer coisa mal explicada" sobre a derrapagem nos custos das obras do Hospital Militar de Belém.
"Sabia e não tomou posição? Limitou-se a tomar conhecimento quando triplicou ou quadruplicou o valor?", questionou.
Luís Montenegro questionou ainda porque não foi nomeado um novo secretário de Estado da Agricultura, depois da demissão de Carla Alves no início de janeiro, 24 horas depois de ser empossada.
"É caso para perguntar se ainda não houve ninguém que tivesse preenchido o requisito das 36 perguntas do questionário", ironizou, voltando a desafiar Costa a aplicar ao atual Governo este mecanismo.
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