Marcelo mostrou-se disponível para debater individualmente.
O candidato presidencial Cândido Ferreira abandonou esta sexta-feira em direto o debate televisivo, na estação TVI24, por discordar do modelo imposto, considerando-o discriminatório no tratamento e tempo de antena dado a todos os candidatos à Presidência da República.
Cândido Ferreira leu uma declaração na qual afirmava a sua discordância quanto à divisão dos candidatos presidenciais em três grupos, "impedindo que todos debatam com todos".
"Não me resignarei perante tão profunda e injusta discriminação", declarou o candidato, que considerou que essa mesma discriminação "ficará para sempre a envergonhar esta eleição e a reduzir a democracia em Portugal".
"Retiro-me serenamente, mas com mágoa, deste programa", disse, antes de abandonar o estúdio onde, para esta noite, estava previsto o debate do seu programa eleitoral com Marcelo Rebelo de Sousa, Jorge Sequeira e Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans.
Após a saída de Cândido Ferreira, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou concordar com a atitude do candidato que abandonou o programa e manifestou, mais uma vez, disponibilidade para debater individualmente com os candidatos.
Sampaio da Nóvoa e Marisa Matias divergem sobre solução para o Banif
António Sampaio da Nóvoa considerou esta sexta-feira, no primeiro debate televisivo entre candidatos presidenciais, que a solução adotada para o Banif foi "a menos má", mas Marisa Matias rejeitou-a, afirmando que não teria promulgado o Orçamento retificativo.
Neste frente a frente, transmitido na RTP, em canal aberto, com a duração de 25 minutos, os dois candidatos escusaram-se a antecipar o que farão se o Governo do PS ficar novamente sem o apoio dos partidos que o suportam no parlamento - BE, PCP e PEV - como aconteceu com o Orçamento retificativo, viabilizado com a abstenção do PSD.
Para além desta divergência, a eurodeputada do Bloco de Esquerda (BE) demarcou-se do exercício de funções presidenciais de Ramalho Eanes, que apoia Sampaio da Nóvoa e que este aponta como uma das suas referências.
Por sua vez, o antigo reitor da Universidade de Lisboa realçou o facto de não ser "um candidato apresentado por um partido".
Corrupção domina debate entre Maria de Belém e Paulo Morais
O combate à corrupção, que é um pressuposto para Maria de Belém e a prioridade para Paulo Morais, e a solução para o Banif, foram os temas que dominaram esta sexta-feira o debate televisivo entre os candidatos às eleições presidenciais.
O frente-a-frente entre a ex-presidente do PS e o ex-vice-presidente da Câmara do Porto, ocorrido na SIC Notícias, foi o segundo da ronda que vai opor os candidatos presidenciais, tendo o combate à corrupção, a credibilidade dos candidatos e a recusa de insinuações dominado mais de metade do debate, considerando Maria de Belém que a primeira prioridade de Paulo Morais, o combate à corrupção, "é um pressuposto que tem de ser feito por vários agentes".
Entre os dois candidatos, houve discórdia quando Paulo Morais considerou que os candidatos ligados aos partidos do bloco central, como Maria de Belém, "têm grande responsabilidade nos últimos 20, 30 anos no estado a que Portugal chegou", mas a ex-deputada do PS respondeu com a ideia de que "acusações generalizadas são uma coisa inaceitável, porque isso pressupunha que qualquer pessoa num partido está com uma mácula em cima de si".
O tema que abriu o debate foi a última mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Cavaco Silva.
Paulo Morais assumiu um papel mais crítico do que Maria de Belém, mas o problema do Banif e a estabilidade do sistema financeiro também ocuparam vários minutos do frente-a-frente, estando Paulo Morais liminarmente contra a solução encontrada pelo Governo e Maria de Belém, apesar de apontar falhas, mais concordante com uma resposta que decorre, em grande parte, da integração europeia.
Edgar Silva viabilizaria retificativo, Henrique Neto defende estabilidade
O candidato presidencial comunista viabilizaria o orçamento retificativo apresentado pelo Governo socialista e o seu concorrente Henrique Neto defendeu "a estabilidade das políticas", numa visão estratégica para Portugal, em debate televisivo.
Na TVI24, Edgar Silva e o empresário da área dos moldes distanciaram-se ainda do atual Presidente da República, Cavaco Silva, que consideraram "feito" com os "grandes especuladores" e as políticas dos últimos 20 anos, comentando a mensagem de Ano Novo do Chefe de Estado.
"Apesar de profundas reservas, de discordâncias de fundo, a nível pessoal, com benefício da dúvida, enquanto Presidente da República, considerava que se poderia impor como necessária a viabilização deste documento", assumiu o membro do Comité Central do PCP, questionado sobre o voto contra dos comunistas no parlamento, face ao orçamento retificativo que o executivo de António Costa apresentou no contexto da situação do Banif.
Edgar Silva, insistiu nas críticas à "viscosidade da economia da corrupção", "clientelismo" e "desigualdade perante a Lei", que desvirtuam o Estado de direito democrático, "plasmado na Constituição da República Portuguesa", e apresentou-se como "um Presidente, em primeiro lugar, português, um democrata, que cumpre o que jura - defender cumprir e fazer cumprir a Constituição".
Sobre aquela que terá sido a última comunicação ao país de Cavaco Silva, Henrique Neto disse que o atual Presidente da República, "às vezes, foi, outras não foi [independente]", face à sua família política, aproveitando para esclarecer que, ele mesmo - Henrique Neto -, "apesar de filiado num partido" socialista, está "como independente de lóbis, interesses, organizações".
Instado por Henrique Neto a pronunciar-se sobre uma alteração à lei eleitoral de forma a serem adotados os círculos uninominais, com os deputados à Assembleia da República a serem escolhidos pelos cidadãos, em vez das "listas fechadas elaboradas pelos diretórios partidários", Edgar Silva defendeu não ser justo fazer generalizações sobre o desempenho de todos os parlamentares.
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