Inês de Sousa Real considera que primeiro-ministro não pediu desculpa aos portugueses pela situação.
A porta-voz do PAN afirmou este sábado que dificilmente acompanhará uma moção de confiança apresentada pelo Governo, argumentando que o primeiro-ministro não prestou todos os esclarecimentos que deveria ter dado.
Em declarações à RTP, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, argumentou que não é possível "dissociar uma moção de confiança apresentada pelo Governo da sua política de recuo", por exemplo, em matéria ambiental, direitos dos animais e proteção de crianças e jovens LGBT.
"O PAN, sem prejuízo do debate interno que teremos que fazer no âmbito da nossa direção nacional, dificilmente poderá acompanhar uma moção de confiança ao Governo", garantiu.
Para o PAN, "Luís Montenegro não só não prestou todos os esclarecimentos que necessitava de prestar ao país, como também não pediu desculpa aos portugueses por esta situação que foi criada e que é suscetível de criar aqui uma situação de desconfiança relativamente ao tempo em que tem estado como primeiro-ministro".
Sousa Real disse ainda que o PAN não confunde a moção de censura apresentada pelo Chega, que apelidou de "show-off mediático" para desviar a atenção dos casos mediáticos que atingiram o partido, de outras que possam surgir, como a já anunciada pelo PCP.
"Acredito que dificilmente Luís Montenegro verá repetido o cenário de uma rejeição total da moção de censura como aconteceu aquando da votação na Assembleia da República da moção apresentada pelo Chega", considerou.
O primeiro-ministro admitiu este sábado avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecerem se consideram que o executivo "dispõe de condições para continuar a executar" seu o programa.
"Em termos políticos e governativos, insto daqui os partidos políticos, representados na Assembleia da República, a declarar sem tibiezas se consideram, depois de tudo o que já foi dito e conhecido, que o Governo dispõe de condições para continuar a executar o programa do Governo, como resultou há uma semana da votação da moção de censura", declarou Luís Montenegro, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.
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