Líder do partido considerou que a situação que se está a viver na saúde é "da única responsabilidade do Governo".
O secretário-geral do PCP afirmou esta quarta-feira que não vê vontade do Governo em resolver a situação dos médicos que se recusam a fazer mais horas extraordinárias, acusando o executivo de estar "apostado no processo de desmantelamento do SNS".
Em declarações aos jornalistas na feira de Vila Franca de Xira, Paulo Raimundo considerou que a situação que se está a viver na saúde é "da única responsabilidade do Governo", devido às "opções erradas que tomou".
"É o momento para voltar a lembrar que, se o Governo tivesse adotado as medidas que propusemos há dois anos, mas não só, nós estávamos numa situação muito diferente. É preciso que o Governo respeite os profissionais, lhes dê condições e crie condições para fixar médicos", defendeu.
Questionado se vê, da parte do Governo, vontade para resolver a situação da recusa dos médicos em fazer horas extraordinários além das legalmente obrigatórias, Paulo Raimundo respondeu que "sinceramente não".
"Aquilo que é conhecido das propostas do Governo é aumentar em mais 200 horas extraordinárias para os médicos. Ora, quem propõe 350 horas extraordinárias - que, na prática, são mais quatro meses de trabalho para os médicos -, é que não tem vontade de resolver estes problemas", frisou.
O líder comunista defendeu que não são precisas "mais horas extraordinárias", mas antes "condições para os médicos, respeito, valorização das carreiras e mais médicos" porque, se houvesse mais profissionais, não eram necessárias "tantas horas extraordinárias para o trabalho que é preciso fazer".
Sobre a sua visita à feira de Vila Franca de Xira, Paulo Raimundo referiu que é "mais uma forma de contactar a população, e de confrontar a realidade", salientando que a situação que o país atravessa atualmente é "muito exigente e muito difícil".
Em setembro, um grupo de profissionais enviou ao ministro da Saúde uma carta aberta com mais de 1.000 assinaturas de médicos a avisar da sua indisponibilidade para fazerem mais horas extras.
Desde então, segundo um balanço feito pela porta-voz do movimento Médicos em Luta, Susana Costa, à Lusa na terça-feira, 27 hospitais, centros hospitalares ou unidades locais de saúde estão com problemas.
Segundo Susana Costa, havia constrangimentos em Almada, Amadora, Aveiro, Barcelos, Barreiro, Braga, Bragança, Caldas da Rainha e Torres Vedras, Coimbra, Covilhã, Famalicão, Gaia, Guarda, Leiria, Lisboa, Loures, Matosinhos, Penafiel, Portalegre, Porto, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Já a Federação Nacional de Médicos (FNAM) anunciou esta quarta-feira que os serviços de urgência dos hospitais de Barcelos, Caldas da Rainha, Chaves, Guarda, Santarém e Tomar já enfrentaram encerramentos devido à indisponibilidade dos médicos para fazer horas extraordinárias além das obrigatórias.
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