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PCP do Alentejo critica "ação de propaganda" do ministro Pinto Luz com roteiro pela EN2

Ministro das Infraestruturas e da Habitação percorreu a EN2 de Norte a Sul com o objetivo de conhecer as necessidades de 35 municípios atravessados por essa rodovia.

05 de novembro de 2025 às 18:15

A Direção Regional do Alentejo (DRA) do PCP qualificou esta quarta-feira como uma "ação de propaganda" a recente visita à região do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, no roteiro que efetuou pela Estrada Nacional 2 (EN2).

"Saldou-se numa ação de propaganda que não abordou as questões essenciais e que se ficou por atos meramente simbólicos", criticou a estrutura regional alentejana do PCP, num comunicado divulgado esta quarta-feira.

O Alentejo "necessita de ação e não de anúncios pífios, carimbos em 'passaportes' ou inaugurações de rotundas", argumentaram os comunistas, insistindo que a região precisa "que se mobilizem os recursos financeiros indispensáveis, utilizando as diversas fontes de financiamento existentes".

O ministro das Infraestruturas e da Habitação percorreu a EN2 de Norte a Sul, entre os dias 21 e 24 de outubro, com o objetivo de conhecer as necessidades de 35 municípios atravessados por essa rodovia, de Chaves a Faro.

O roteiro também teve paragens em diversos concelhos do Alentejo, pertencentes aos distritos de Portalegre, Évora e Beja.

No comunicado de hoje, a DRA do PCP aludiu igualmente à reprogramação do Alentejo 2030, considerando que deveria ter representado uma "importante oportunidade de avaliação e de reflexão" sobre a forma como está a ser executado o programa e qual a situação da região, "objeto que devia estar na sua base".

"Deveriam ter sido efetuadas correções que permitissem responder às necessidades existentes e aos objetivos de desenvolvimento da região", com o envolvimento dos diversos agentes do território e um "debate amplo", mas tal "não aconteceu", lamentou o PCP.

E, continuou, "das novas prioridades definidas, ainda que o setor da Água e da Habitação sejam importantes para a região, a forma como estão delineadas as políticas para este setor, deixam muita preocupação sobre a forma de utilização das verbas e da sua eficácia".

A estrutura comunista realçou ainda o facto de o financiamento da eletrificação e modernização da linha ferroviária entre Casa Branca e Beja ter sido reduzido "em 60 milhões de euros".

Tal situação "demonstra os atrasos no cumprimento do objetivo da conectividade e o que isso representa de problema para a região, antevendo-se dificuldades de obtenção de financiamento para esta relevante infraestrutura".

A DR do PCP disse que se "agravam os problemas" no desenvolvimento da situação social e económica no Alentejo e que se aprofundam as desigualdades sociais e territoriais, assim como existe degradação dos serviços públicos e problemas em setores fundamentais como a saúde e a educação.

Além de fazer um balanço das recentes eleições autárquicas, em que o resultado da CDU "ficou aquém das expectativas", o PCP alerta no documento, entre outras matérias, para a necessidade de se apostar no desenvolvimento da região em áreas como a rodovia, ferrovia, saúde e educação.

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