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Pedro Nuno Santos diz que "não é igual a Montenegro". Rui Tavares preocupado com "quem não tem casa"

Líderes dos PS e do Livre estiveram frente a frente no debate para as legislativas.

17 de abril de 2025 às 21:10

“Qualquer pessoa percebe que as denuncias anónimas tinham objetivos políticos. Tinham dois objetivos: intimidar-me e passar uma ideia de equivalência entre mim e Luís Montenegro. E não há equivalência nenhuma”, reafirmou esta quinta-feira o secretário-geral do PS, no debate com Rui Tavares para a Legislativas, na SIC Notícias.

Pedro Nuno Santos explicou porquê: “Eu não estou a receber dinheiro todos os meses de nenhum empresário português. Eu não fiz a reestruturação de uma empresa, que fatura 7 milhões de euros e tem um resultado líquido de 12 mil euros, por 240 mil euros. Eu não fiz nenhum parecer favorável a nenhuma empresa de construção civil que está a exigir ser paga por trabalhos a mais à câmara que era suposto defender”.

“Eu não sou igual a Luís Montenegro”, afirmou, no debate com o líder do Livre. Rui Tavares, que “não se mete” no trabalho do Ministério Público, disse ao que ia: “Estou aqui para falar de quem não tem casa e não de quem tem sorte de ter duas casas”.

Em cima da mesa estiveram também as propostas de ambos os partidos para o combate à corrupção na política, com Pedro Nuno Santos a insistir na necessidade de regulamentar o 'lobbying' e a chamada 'pegada legislativa' e Rui Tavares a reiterar que os ministros em Portugal, à semelhança do que acontece em Bruxelas, devem ser ouvidos previamente pelo parlamento.

A dispersão de votos à esquerda marcou também o debate, com Pedro Nuno, como já tem feito em momentos anteriores, a apelar à concentração de votos no PS para derrotar a AD e garantir uma governação influenciada pela esquerda parlamentar, como o Livre.

Pedro Nuno rejeitou estar a fazer "chantagem" e disse estar apenas a apelar aos eleitores que pensam votar no Livre, em círculos onde o partido de Rui Tavares dificilmente elegerá, que considerem votar no PS.

Rui Tavares acusou Pedro Nuno Santos de adotar uma "posição derrotista" face às possibilidades de governabilidade após as eleições de maio, defendendo que existe margem para o Presidente da República dar posse a um Governo de esquerda mesmo que o PS não vença --- cenário em que o líder socialista afirmou não acreditar.

No mesmo debate, PS e Livre debateram as propostas de apoio aos mais jovens, com Rui Tavares a considerar a proposta do PS de dar 500Euro em certificados de aforro insuficiente, e Pedro Nuno Santos a considerar irrealista a ambição do Livre de implementar uma herança social de cinco mil euros.

A discussão terminou com Rui Tavares a acusar o PS de arrogância e complacência no exercício do poder e a apelar ao líder socialista uma maior abertura e compreensão de que "as pessoas não querem ver o PS sozinho com os seus defeitos no Governo".

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