Líder do Chega defende a revisão constitucional e o reforço de poderes do Presidente da República.
André Ventura assumiu, esta quarta-feira, em entrevista à CMTV , que não tem dúvidas de que caso tivesse ganho as eleições legislativas, os partidos não lhe permitiriam que fosse primeiro-ministro de Portugal. O líder do Chega reforçou que, para isso, é preciso que o partido ganhe as eleições legislativas com maioria absoluta ou que os portugueses lhe deem os votos nas presidenciais, a única eleição " que não tem forças de bloqueio".
Sobre a corrida a Belém, Ventura garantiu que o seu perfil "não é o de ficar de robe sentado no sofá a ver o País apodrecer". O líder do Chega concorda com o reforço dos poderes do Presidente da República, decisão que pode "honrar" o salário atribuído ao chefe de Estado.
Ventura defendeu a revisão constitucional, uma vez que, considera que a Constituição está desatualizada em várias áreas. O líder do Chega considerou que a "Constituição é marcadamente socialista".
O líder do partido de extrema-direita revelou que, caso seja o futuro Presidente da República, terá certezas quando será preciso dissolver o Parlamento: em casos de corrupção. Ventura considera que dissolver constantemente o Parlamento é motivo para "pântano e instabilidade".
"Peço uma oportunidade para mostrar que consigo pôr o País na ordem. Se quiserem votar no mesmo estilo de sempre têm o António José Seguro ou Gouveia e Melo", afirmou o entrevistado.
Ventura está convencido de que irá à segunda volta das eleições presidenciais, mas que "não mudará o seu discurso".
"A minha vitória é vencer", asseverou.
O candidato a Belém falou ainda sobre a polémica noticiada esta quarta-feira: duas funcionárias de uma unidade de saúde familiar detidas por permitirem a entrada de 10 mil imigrantes ilegais no SNS durante ano e meio.
Ventura frisou que anda "há anos a chamar a atenção para a pressão da imigração" no SNS assim como para a corrupção nesta área. O político questionou o "que andam a fazer com o dinheiro que se coloca na saúde". Para André Ventura, a Saúde é um "dos setores em Portugal que precisa de um murro na mesa".
Ventura frisou que não será Presidente da República para ter "estados de espírito", mas sim para ir ao encontro do que os portugueses querem. "Não irei bloquear a governação", disse.
Sobre a criminalidade, o candidato a chefe de Estado reforçou, uma vez mais, que "prefere um bandido morto a um polícia morto" e que a Justiça deve ser rápida. Para Ventura, um Presidente "não deve ter medo das represálias".
André Ventura garantiu que vai estar em tribunal para prestar declarações sobre a polémica com os cartazes dos ciganos. "Eu não me quero esconder", disse.
"Se o tribunal me mandar retirar os cartazes que dizem 'os ciganos têm de cumprir a lei', acho que estamos a dar ao País um sinal péssimo, mas mais, vamos dar à comunidade cigana um sinal de 'podem fazer o que entenderem, podem continuar no mesmo registo de impunidade que têm tido há 50 anos'", reforçou o líder do Chega.
Ventura continua asseverando que o País se preocupa mais com os outros: "se uma pessoa de uma minoria racializada é assassinada, o País para, é um coitadinho, a culpa é nossa (...) se um médico ou um enfermeiro é espancando no serviço de urgências, ninguém quer saber", disse.
"O Cristiano Ronaldo decidiu ir ter com o presidente americano - pois o homem que era um herói para toda a gente, que é um dos nosso maiores símbolos - como esteve com alguém que eles não gostam já é 'alguém que não pensa por si próprio', é 'alguém que não tem convicções', é 'alguém que se vendeu'", acrescentou.
Em relação à TAP André Ventura defende que a companhia aérea deve "continuar a ter uma orientação maioritariamente pública".
"A TAP é um problema complexo, eu sei que muitos dizem que a solução mais fácil é a venda, estamos fartos de andar a gastar dinheiro na TAP e de cair em saco roto. A TAP tem de devolver aos contribuintes o dinheiro que os contribuintes lá puseram", disse o líder do Chega.
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