Ex-candidato à liderança do PSD considera que o partido precisa de mudar de protagonista.
O ex-candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz defendeu hoje que o partido precisa de um presidente "mais afirmativo", "que seja capaz de unir e não seja sectário", admitindo que Paulo Rangel é um dos que encaixam no perfil.
No final da apresentação do seu livro "Voltar a acreditar na política", em Lisboa, Pinto Luz foi questionado pelos jornalistas se considera que o PSD precisa de mudar de protagonista, numa referência ao atual presidente, Rui Rio.
"Eu já o tornei público que sim, precisamos de um líder que seja mais afirmativo na oposição e não seja tão passivo, que seja capaz de unir outra vez o PSD e não seja sectário e que tenha uma visão de mundo global e com densidade intelectual", afirmou.
Questionado se o eurodeputado Paulo Rangel - sentado na primeira fila, entre o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e o presidente eleito da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas -, preenche esses requisitos, Pinto Luz respondeu afirmativamente.
"Paulo Rangel é um militante em quem este tipo de perfil encaixa, mas há outros, temos de aguardar (...) O PSD inicia esta semana uma semana de profundo debate interno, já sinalizei que não serei candidato, desta vez aguardo com expectativa quem serão os militantes do PSD que se apresentam ao próximo sufrágio e acredito que irão surgir rapidamente", disse.
Sobre a galeria de notáveis presentes, o vice-presidente da Câmara de Cascais recusou tratar-se de uma demonstração de força de Rangel - que tem deixado em aberto a possibilidade de voltar a concorrer à liderança do PSD - contra Rui Rio.
"Não, são meus amigos, é o que se faz na apresentação de um livro, convidam-se os amigos", afirmou, salientando que esta iniciativa já estava marcada muito antes do Conselho Nacional agendado para quinta-feira.
E à pergunta se gostava que o próximo líder do PSD incorporasse algumas das suas ideias sobre uma nova forma de fazer política, Pinto Luz disse ter a certeza que, se for "agregador", saberá ouvir diferentes formas de pensar.
"Essa é a riqueza do PSD, o tal partido grande, capaz de juntar sociais-democratas moderados, mais liberais, menos liberais", defendeu.
Além de Rangel, Passos e Moedas, marcaram presença na apresentação do livro muitas outras figuras sociais-democratas como os ex-líderes Luís Filipe Menezes e Pedro Santana Lopes e antigos dirigentes como Miguel Relvas, Marco António Costa, Maria Luís Albuquerque ou Matos Rosa. O atual líder da distrital de Lisboa, Ângelo Pereira, e os deputados Carlos Silva e Sandra Pereira foram outros dos presentes.
O livro de Miguel Pinto Luz 'Voltar a Acreditar na Política', editado pela Oficina do Livro, foi apresentado em Lisboa pelo deputado socialista Sérgio Sousa Pinto, pelo presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, e por Nuno Sebastião, presidente da FeedZai, uma empresa portuguesa dedicada à inteligência artificial.
"Sinto-me bem nesta minoria social-democrata que ainda existe no meu partido", afirmou Carlos Carreira, provocando risos na sala a abarrotar num espaço no Príncipe Real.
Na obra, o ex-candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz defende que são necessários "novos protagonistas para os tempos de hoje" para que os cidadãos voltem a acreditar na política.
Em 2020, Miguel Pinto Luz candidatou-se à liderança do PSD, conseguindo 9,5% dos votos contra Rui Rio e Luís Montenegro.
SMA //RBF
Lusa/fim
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