Governo terá de apresentar em Bruxelas, até ao fim do mês, o plano para garantir o envelope de seis mil milhões de euros em empréstimos europeus.
Os ministros da Defesa de Portugal e Itália assinaram esta uma declaração de intenções sobre cooperação, sobretudo com incidência na indústria, num quadro em que os italianos se candidatam a vender três fragatas para a Marinha portuguesa.
No Forte de São Julião da Barra, tendo ao seu lado o homólogo italiano Guido Crosetto, Nuno Melo afirmou aos jornalistas que, "neste momento, não há nenhuma decisão" tomada sobre esse negócio.
Um negócio para a aquisição de duas ou três fragatas, que, segundo o jornal Expresso, poderá envolver entre dois a três mil milhões de euros e que está a ser disputado entre os italianos Fincantieri e os franceses Naval.
"O que estamos hoje a fazer é uma parceria estratégica em diferentes domínios - terra, mar, ar e espaço - que será alavancada na capacidade das indústrias dos dois países cooperarem com uma visão estratégica. Não discutimos nenhum equipamento em concreto", assegurou o titular da pasta da Defesa. Em relação às candidaturas francesa e italiana para a venda de duas ou três fragatas, Nuno Melo considerou que a decisão a tomar por Portugal "é fundamentalmente técnica".
"São os três ramos das Forças Armadas, é a Direção-Geral de Armamento e Património da Defesa que, tecnicamente, vão avaliando e aconselhando a tutela sobre o que melhor serve, também face às nossas obrigações no atual contexto geopolítico.
Há uma visão, há um propósito, mas é um caminho que se tem que fazer com muita calma", disse. Nuno Melo realçou depois que se está perante verbas avultadas por parte do Estado Português, dizendo mesmo que se tratam de "investimentos para uma geração". "Temos de assegurar que são muito racionais e à escala das nossas possibilidades", acrescentou. Em relação ao calendário de decisão sobre a aquisição das novas fragatas, Nuno Melo começou por assinalar que o Governo está empenhado no processo SAFE (Instrumento de Ação para a Segurança da Europa), que "será relevante para a modernização das Forças Armadas portuguesas".
O Governo terá de apresentar em Bruxelas, até ao fim do mês, o seu plano para garantir o envelope de seis mil milhões de euros em empréstimos europeus do programa SAFE, que Portugal tem de executar até 2030.
"O processo, até final de fevereiro, será considerado pela Comissão Europeia. Em boa verdade, diria que o que tem a ver com o SAFE nasce no final de novembro e há um longo caminho até fevereiro.
Neste momento, em novembro, não estamos a decidir aquilo que vamos concretizar. Aliás, o que se delibere pode bem ter uma previsão em novembro e não se concretizar em fevereiro", admitiu.
Neste contexto, quando se pronunciava sobre o calendário de decisão, o ministro da Defesa referiu-se de passagem à candidatura italiana à venda das fragatas a Portugal.
"Portugal tem um propósito, um caminho, uma visão estratégica e, obviamente, que a Itália é uma grande potência industrial, a par de outros países com os quais Portugal também interage. Aquilo que hoje aqui fazemos é muito melhor que isso, porque estamos a dar início a uma visão estratégica que ajude a alavancar as indústrias de Defesa com oportunidades para os dois países, para Portugal e Itália", alegou.
Em paralelo com a reunião bilateral entre os dois ministros, também no Forte de São Julião da Barra, estiveram reunidos representantes das indústrias de Defesa de Portugal e da Itália. Segundo o jornal Expresso, a delegação vinda de Itália trouxe Lisboa oito empresas à procura do estabelecimento de parcerias --- três são do grupo Fincantieri e entre elas a Leonardo.
A Marinha detém neste momento cinco fragatas: Vasco da Gama, Álvares Cabral, Corte-Real, Bartolomeu Dias e D. Francisco de Almeida.
No passado dia 05 de novembro, durante uma audição na Assembleia da República, o ministro da Defesa, Nuno Melo, adiantou que a aquisição de fragatas era "cada vez mais uma fortíssima possibilidade necessária, tendo em conta aquilo que são os alvos capacitários da NATO".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.