Correio da Manhã
JornalistaA presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, está esta quarta-feira no Parlamento para dar explicações sobre a indemnização de meio milhão de euros atribuída à ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, quando esta era administradora da companhia aérea.
O caso, noticiado em primeira mão pelo Correio da Manhã, levou à demissão do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e a uma remodelação no Governo.
A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, já está a ser ouvida no Parlamento.
A audição da responsável da companhia aérea acontece na sequência do requerimento potestativo do Chega, depois de o grupo parlamentar do PS ter rejeitado a proposta de audição num primeiro momento.
Além da polémica indemnização, a TAP tem feito manchetes nos jornais por outros motivos, entre os quais a contratação de uma amiga pessoal de Christine Ourmières-Widener para assumir a direção do departamento de melhoria contínua e sustentabilidade, ou a intenção de substituir a frota de carros da empresa para administradores e diretores.
O negócio não andou para a frente e a companhia decidiu, então, atribuir 450 euros aos diretores que não chegaram a receber carro, para usar numa plataforma eletrónica de transporte.
No que diz respeito a questões laborais, a TAP está em negociações com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) para evitar uma nova greve de tripulantes no final do mês, depois de uma paralisação de dois dias, no início de dezembro, que teve um impacto de cerca de oito milhões de euros na empresa.
Lusa
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Presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, refere que a companhia aérea TAP "teve das melhores receitas da história em 2022" e que os "resultados obtidos dão-nos confiança no plano".
Christine Ourmières-Widener diz que "em 2022 concretizámos importantes avanços" na TAP, e frisa "temos trabalho para mostrar" e "encaramos 2023 como um ano crucial para a TAP".
André Ventura, líder do Chega, começou por questionar a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, qual é o histórico das indemnizações da companhia aérea portuguesa.
André Ventura questiona ainda Christine Ourmières-Widener se esta mentiu à CMVM acerca da indemnização paga à ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis.
"Quem no Governo sabia desta indemnização?", André Ventura questiona a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener.
Christine Ourmières-Widener referiu que a ex-administradora da TAP, Alexandra Reis, saiu por motivos profissionais.
Na sequência das perguntas feitas pelo deputado André Ventura, do Chega, Christine Ourmières-Widener refere que "houve um desacordo, foi o motivo da saída", mas a presidente executiva da TAP explica que o seu papel é "garantir que o plano é bem sucedido".
"Transmitimos à CMVM o que o consultor externo nos deu", referiu Christine Ourmières-Widener.
Deputado do PSD, Paulo Moniz, perguntou à presidente executiva da TAP se esta tem alguma claúsula no contrato que lhe dê algum direito a um bónus se eventualmente sair.
"Eu sigo as indicações dos acionistas", responde Christine Ourmières-Widener e conclui que nada fez sem o consentimento dos mesmos.
Presidente executiva da TAP em resposta às questões do deputado do PSD refere que os "consultores externos tem estado a gerir o processo".
Em resposta à pergunta feita pelo deputado do PSD relativamente aos bónus que tem direito, Christine Ourmières-Widener responde: "só tenho bónus se o plano de recuperação for cumprido".
"Não vamos conseguir avançar neste processo enquanto não houver um relatório das finanças", referiu Carlos Pereira, deputado do PS.
Carlos Pereira questiona Christine Ourmières-Widener, presidente executiva da TAP, "qual foi o papel do chairman da TAP" relativamente à indemnização a Alexandra Reis.
Carlos Pereira, do PS, questionou à presidente executiva da TAP se "sabia que Alexandra Reis iria para a NAV".
"Chairman foi informado da última proposta", refere Christine Ourmières-Widener.
A CEO da TAP diz que a companhia aérea "recrutou consultores jurídicos externos" que geriram a questão da indemnização em "contacto direto" com a equipa legal de Alexandra Reis.
A presidente executiva da TAP explica que o "processo de Alexandra Reis foi excecional".
"Departamento jurídico da TAP foi envolvido", referiu Christine Ourmières-Widener relativamente à polémica referente à ex-administradora da TAP, Alexandra Reis.
"Escrutínio à gestão nã será apenas financeiro", referiu Carlos Guimarães Pinto, da IL.
Processo de indemnização da ex-administradora da TAP, Alexandra Reis, foi sendo transmitido pelo ex-secretário de Estado Hugo Mendes, garantiu a CEO.
Relativamente a novas medidas a serem tomadas na TAP, a presidente executiva, Christine Ourmières-Widener, diz querer implementar voos de longa distância na companhia aérea.
Bruno Dias, deputado do PCP, refere que a administração da TAP está a cumprir um plano desastroso, tendo em conta que os números atualmente estão abaixo aos valores apresentados numa altura de pré-pandemia.
Relativamente aos cortes salariais, Christine Ourmières-Widener refere que todos os administradores receberam um corte de 30%. No entanto quem recebe abaixo de 1520 euros não existe corte salarial.
"Temos gente a sair da TAP devido aos cortes salariais", garante Christine Ourmières-Widener.
Relativamente à denúncia exposta pela deputada do BE, acerca de maus tratos a uma funcionária da companhia aérea portuguesa, a CEO da TAP refere tem tido apoio para criar canal de denúncias.
A presidente executiva da TAP referiu que as comunicações enviadas à CMVM sobre a indemnização de Alexandra Reis foram recomendadas por advogados, e garantiu que existem documentos e "provas escritas" sobre todo o processo.
Os cortes dos salários em 30% foram aplicados desde o primeiro dia que assumiu funções, referiu Christine Ourmières-Widener.
Christine Ourmières-Widener refere que a TAP vai acompanhar a investigação referente ao caso de Alexandra Reis e que irão aguardar pelo desfecho da mesma.
"Não há qualquer intenção da TAP em mexer ou alterar aquilo que foram os conselhos dos advogados e tudo isso foi acompanhado pelos gestores", respondeu a presidente executiva da TAP relativamente à questão acerca da informação comunicada à CMVM.
A CEO da TAP negou ter estado em contacto com o Ministro das Finanças sobre o caso de Alexandra Reis: "Assumi que o acordo com o secretário de Estado das Infraestruturas tinha sido atingido em coordenação com o ministro das Finanças".
Os deputados continuam a insistir na questão de se a ex-administradora da TAP foi demitida ou se se demitiu.
O deputado Hugo Carneiro, do PSD, questionou a CEO da TAP se esta tem condições para se manter na liderança da companhia aérea portuguesa.
"Não tive nenhuma discussão direta com o ministro das Finanças sobre a saída de Alexandra Reis", referiu a CEO da TAP.
"O ministro das Finanças aconselhou-me a dizer a verdade", acrescentou.
"Não estou ciente de quaisquer acordos paralelos que possam ter sido assinados por Alexandra Reis com a NAV", refere Christine Ourmières-Widener.
"Se tivermos de devolver dinheiro iremos tomar as devidas medidas", explicou a CEO da TAP.
A presidente executiva da TAP não esclareceu se Alexandra Reis foi demitida ou se se demitiu, apesar de os deputados terem insistido na necessidade de ver questão respondida.
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