O PS perdeu mais de 50 mil militantes no decorrer do processo de refiliação dos militantes que terminou à meia-noite de ontem. Embora nos próximos dias seja aguardada a chegada de mais processos às sedes do partido, o número de reinscrições deverá andar à volta das 55 mil. Bem longe dos quase 120 mil militantes com que o PS contava no final do último Governo de António Guterres.
O risco de que o processo de reinscrição conduzisse à diminuição do número de militantes foi desde o início assumido por Ferro Rodrigues, secretário-geral dos socialistas, que, no entanto, a considerou fundamental este processo.
Seguindo o exemplo do PSD, que quando passou à oposição resolveu organizar os ficheiros de militantes, o PS lançou mãos à organização dos dados sobre os seus próprios filiados.
Para a direcção do partido esta foi a melhor forma de conhecer o real número de militantes permitindo-lhe também saber com o que pode contar. Se, como tudo indica, Ferro for reconduzido à frente dos destinos do Largo do Rato o aumento do número de militantes que vier a conseguir funcionará como uma mais-valia política e um sinal de vitalidade
Quem dirigiu todo este processo foi o deputado António Galamba que, no entanto, desvaloriza as reservas de alguns sectores em relação à reinscrição. Para o socialista, a refiliação “acaba por ser um acto de coragem que mexe com poderes e por isso há sempre resistências”.
Sublinhe-se, por exemplo, que as listas de deputados são feitas com base no peso eleitoral das federações distritais Galamba considera mesmo que “este processo devia ser repetido a outros níveis” e dá como exemplo os cadernos eleitorais das freguesias. Os socialistas contactados consideram unanimemente que a ideia de refiliação foi uma boa ideia.
Para o deputado Manuel Alegre, este processo era “necessário e também essencial para que não haja números que falseiem a visão sobre o próprio partido”. “Há que dar uma imagem mais verdadeira já que as aparências transformam-se em fraquezas”, afirmou. Para Alegre “é mais importante saber que se tem militantes do que acreditar em fantasmas”.
Também para Jorge Coelho, ex-responsável pelo “aparelho” rosa, esta foi “uma iniciativa positiva da direcção e do secretário-geral do PS que teve uma resposta importante”. ”O Partido Socialista sai reforçado do ponto de vista político deste processo”, considera o ex-ministro para quem em “determinados prazos devem actualizar-se os ficheiros. É parte importante de um processo de qualquer reformulação e renovação partidária”.
A adesão ao PS de cidadãos democratas-cristãos é vista com maus olhos por João Soares. O ex-autarca de Lisboa não recusa entendimentos mas considera que a abertura do partido a outras ideologias tem limites. E defende que a excessiva aproximação ao centro deve ser travada.
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