Presidente da bancada social-democrata atacou ainda o líder do Chega por ter procurado desvalorizar medidas antes anunciadas pelo primeiro-ministro, falando em "tretas e balelas".
O líder parlamentar do PSD acusou hoje o presidente do Chega de vender ilusões para a rede social TikTok e de caracterizar como "tretas" medidas como o suplemento extraordinário para as pensões ou a descida do IRC.
Hugo Soares falava no período de interpelação ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, no início do debate sobre o estado da nação, numa intervenção em que sobretudo reagiu às palavras momentos antes proferidas por André Ventura contra o Governo.
André Ventura falou sobre um suposto senhor João, que tem um café à frente da Assembleia da República e que, ao contrário do país visto pelo primeiro-ministro, está descontente com a atuação do Governo.
O presidente do Grupo Parlamentar do PSD reagiu a seguir: "Fui saber, mas não há nenhum senhor João com um café em frente à Assembleia da República".
"E digo isto apenas por uma razão: Porque são tantas e tantas vezes que o deputado André Ventura vende ilusões para o TikTok que desta vez devia ter escolhido outro sítio, porque em frente ao parlamento não há nenhum senhor João", declarou Hugo Soares, recebendo muitas palmas da bancada social-democrata.
O presidente da bancada social-democrata atacou ainda o líder do Chega por ter procurado desvalorizar medidas antes anunciadas pelo primeiro-ministro, falando em "tretas e balelas".
"Foram essas as expressões utilizadas pelo deputado André Ventura, considerando que é uma treta e uma balela anunciar hoje ao país um suplemento extraordinário destinados aos pensionistas que recebem menos de 1560 euros", apontou
Hugo Soares perguntou mesmo se André Ventura, "agora, está contra os pensionistas deste país?"
Mas o presidente do Grupo Parlamentar do PSD foi mais longe.
"É uma balela, é uma treta, anunciar ao país uma descida tão forte, tão determinada, tão séria do IRC como aquela que o primeiro-ministro aqui apresentou hoje? O deputado André Ventura agora está contra as pequenas e médias empresas e quer que as empresas paguem mais impostos?", questionou.
Ainda sobre as medidas antes anunciadas por Luís Montenegro, Hugo Soares perguntou, dirigindo-se ao líder do Chega.
"É uma treta anunciar ao país um apoio à deslocação dos professores que visa precisamente valorizar a escola pública, valorizar os seus salários e ter a cobertura do território nacional?", acrescentou.
A seguir, o primeiro-ministro considerou "estranha" a tentativa do presidente do Chega no sentido de "subestimar o alcance e os efeitos" das medidas que anunciara na abertura do debate sobre o estado da nação.
"Só com o suplemento extraordinário das pensões estaremos a falar de mais de 2,3 milhões de pensionistas. Empresas que pagam IRC serão à volta de 500 mil. Na descida do IRS, o alvo da redução que trouxemos a este parlamento são cerca de três milhões de agregados familiares e o apoio à deslocação abrange todos os professores deslocados, ou seja, vários milhares", salientou Luís Montenegro.
O primeiro-ministro respondeu também a críticas antes feitas por André Ventura sobre o acesso a creches, sustentando que se verificou um aumento de março de 2024 para maio último de 9857 vagas, "o que totaliza uma capacidade instalada superior a 133 mil vagas".
"No pré-escolar estamos a falar, no ano letivo de 2024-2025, de 103 novas salas de educação na rede pública, mais 2500 novas vagas, a que somamos agora uma autorização para contratos de associação com o setor privado e social e com o setor particular e cooperativo. Esses contratos vão trazer mais 200 novas salas e disponibilizar até 12475 vagas", completou.
Para o primeiro-ministro, "menosprezar ou subestimar o alcance destas medidas na vida de tanta gente, na vida de tantas pessoas é efetivamente menosprezar aquilo que é essencial".
"Isto já para não falar do aumento dos rendimentos, da diminuição dos impostos, do impacto que a diminuição sobre a fiscalidade das empresas tem no aumento do investimento e que, por sua vez, cria mais emprego. Estamos num momento em que Portugal regista marcos históricos, um nível histórico de empregabilidade e um nível histórico de taxa de desemprego", acrescentou.
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