Novo líder do Bloco de Esquerda afirmou que governo "está a querer correr atrás do prejuízo".
O coordenador do BE, José Manuel Pureza, defendeu que a ministra do Trabalho não vai conseguir demover os trabalhadores da greve geral, apesar "das insinuações e pressões", considerando que o "Governo está a querer correr atrás do prejuízo".
"Esta greve geral vai mobilizar uma massa enorme de gente, a ministra e o Governo não conseguem demover os trabalhadores e as trabalhadoras, as centrais sindicais, e portanto podem fazer todo o tipo de sugestões de insinuações ou de pressões", respondeu Pureza aos jornalistas na primeira ação desde que foi eleito líder dos bloquistas, a entrega no parlamento de cerca de 20 mil assinaturas em defesa de direitos para os trabalhadores por turnos.
Em causa as declarações da véspera da ministra Maria do Rosário Palma Ramalho, de que as pessoas estão "cansadas de greves por razões políticas", que o Governo não quer facilitar despedimentos e espera que o cumprimento dos serviços mínimos torne desnecessária a requisição civil.
"A ministra do Trabalho, interpretando aquilo que é a posição de todo o Governo, insinua que haverá lugar a manobras de pressão sobre quem está a preparar esta greve geral", criticou, antecipando que a paralisação marcada para dia 11 "vai ser uma resposta muito forte" à "maior ofensiva contra os direitos de quem trabalha de que há memória depois do 25 de Abril".
Para o coordenador do BE, trata-se de uma "exercício de ironia" da ministra dizer que já foram feitas alterações à proposta do Governo durante o processo negocial.
"A ministra tem um excelente sentido de humor, certamente, e portanto vem dizer que houve uma série de alterações quando na verdade não houve alterações praticamente nenhumas e aquelas que foram sugeridas foram apenas sob pressão do momento", sublinhou.
Na perspetiva de Pureza, "o Governo está a querer correr atrás do prejuízo", mas o que propõe são "milimétricas alterações que não vão, em nenhum caso, àquilo que é essencial".
"Não conseguem demover os trabalhadores. Esta vai ser uma resposta muito forte a esta ofensiva contra os direitos do trabalho", antecipou.
Segundo o novo líder bloquista, esta greve será a "reanimação de conquistas para o mundo do trabalho".
"Já viu que há tanto tempo que não se fala de diminuir o horário de trabalho? O que se fala agora é de quanto é que se tem que aumentar o horário de trabalho. Não pode ser assim, nós temos que não apenas parar esta ofensiva, mas temos que ser capazes de, em nome da decência, em nome da dignidade, em nome de uma vida digna, contrapor conquistas para o direito laboral", disse.
Pureza recordou um período em que era deputado, em 2015, e que com a geringonça houve "uma articulação grande entre partidos à esquerda para que fosse possível aumentar salários, aumentar os direitos do trabalho".
"Isso é possível. Temos que ser capazes de o voltar a fazer e o Bloco fará tudo para que assim seja", assegurou.
O novo líder do BE explicou aos jornalistas que quis que a sua primeira ação pública nestas funções fosse a entrega da petição intitulada "Mais vida e mais saúde para quem trabalha por turnos", lançada pelos bloquistas e assinada por mais de 20 mil pessoas, segundo os números do partido.
"Não podemos mesmo destruir mais direitos do trabalho. Aquilo que temos que fazer é reforçar os direitos de quem trabalha e a começar por um milhão de pessoas que trabalham por turnos em diversos setores da nossa sociedade", defendeu.
De acordo com Pureza, para que a condição de vida digna e saudável destes trabalhadores possa ser assegurada "é absolutamente necessário que se reconheçam novos direitos na lei".
"Direitos que têm a ver com descanso semanal, o horário de trabalho, a compensação salarial e as férias. Tudo isso é absolutamente necessário e é isso que esta petição vem solicitar ao Parlamento", explicou, considerando que são estes temas que devem ser discutidos pelos deputados e não matéria "de mera jogada política"
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