Em causa estão as obras de modernização e eletrificação da Linha do Oeste, que liga Sintra à Figueira da Foz.
O secretário-geral do PCP viajou esta quinta-feira de comboio entre o Bombarral e as Caldas da Rainha para denunciar as condições da Linha do Oeste e prometer que, com a CDU, se vai passar da "máquina a vapor" à "alta velocidade".
Por volta das 10h40, Paulo Raimundo chegou à estação ferroviária do Bombarral, onde foi recebido por Manuel Rodrigues, antigo chefe de estação, que, após 43 anos na profissão, lamentou o estado da ferrovia nacional, em particular na Linha do Oeste.
"Em 1983, fazia a viagem de São Martinho do Porto a Lisboa, Rossio, numa hora e 55 minutos. Hoje, estamos em pleno século XXI, o mesmo trajeto demora duas horas e meia", criticou Manuel Rodrigues.
Em causa estão as obras de modernização e eletrificação da Linha do Oeste, que liga Sintra à Figueira da Foz. Inicialmente previsto que terminassem em 2023, as obras continuam em curso, criando constrangimentos diários para os utentes da linha.
"Noutro dia, para ver o estado da arte, entrei no Rossio [em Lisboa] às 08h02. Troquei de comboio em Sintra, onde tive de estar à espera mais de meia hora pela ligação. Voltei a trocar de comboio nas Caldas e cheguei à Marinha Grande, para onde ia, às 12h05", exemplificou Luís Caixeiro, dirigente do PCP que utiliza recorrentemente esta linha.
Hoje de manhã, Paulo Raimundo foi um dos passageiros que sentiu os constrangimentos desta linha, ainda que, desta vez, tenham sido relativamente ligeiros: o comboio que estava previsto que saísse às 10h49, acabou por sair com um atraso de cerca de 10 minutos.
Aos jornalistas, o secretário-geral do PCP manifestou-se convicto de que a CDU, nestas eleições autárquicas, não vai ter "medo de perder o comboio", mas antes mostrar que tem "um plano e uma ideia para um comboio de futuro e de alta velocidade" e que "responda às necessidades das populações".
"Quem tem esta visão de futuro, esta perspetiva e as propostas que nós temos, as forças mobilizadoras para esse efeito, não só não anda de máquina a vapor, como é de alta velocidade. É o que nós somos: de alta velocidade", defendeu.
No caso concreto da Linha do Oeste, a CDU defende a eletrificação total da linha -- atualmente, as obras de modernização só estão a ser feitas no troço entre Sintra e as Caldas da Rainha, não estando prevista qualquer obra para a parte da linha que liga as Caldas à Figueira da Foz - e a sua ligação à linha de alta velocidade que está a ser construída e que se prevê que tenha uma estação em Leiria.
Apesar de reconhecer que as autarquias não têm responsabilidade sobre esta matéria, o secretário-geral do PCP defendeu que "não é indiferente" se as câmaras municipais "assumem um papel de mobilização, de reivindicação, junto do poder central".
"As autarquias não têm essa responsabilidade, não podem é pensar que vão resolver as coisas nos gabinetes. Não, têm que mobilizar as populações, e achamos, por experiência própria e pelo património que temos, que isso é possível fazer com a presença da CDU nas autarquias", disse.
Paulo Raimundo salientou que, "não é por acaso", que as autarquias de Setúbal ou Grândola, ambas geridas pela CDU, são as "grandes mobilizadoras populares para a implementação no transporte fluvial entre Setúbal e Troia".
"Portanto, a autarquia não está em condições nenhumas, nem nas Caldas, nem no Bombarral, de resolver este problema. Mas tem condições de exigir mais, de envolver as populações nisso", defendeu.
A acompanhar Paulo Raimundo na viagem de comboio esteve Duarte Raposo, candidato da CDU à Câmara Municipal das Caldas da Rainha, onde a coligação PCP/PEV não elege vereadores desde 1982.
No final da viagem, perante algumas dezenas de militantes da CDU, Duarte Raposo defendeu que foi devido ao trabalho da coligação que a Linha do Oeste está em funcionamento e com obra a fazer, pedindo à população para garantir que, nas autárquicas, a coligação aumenta "o número de votos e de eleitos" no concelho.
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