Fundador do PS morreu aos 89 anos.
O presidente honorário do PS, António Almeida Santos, morreu na segunda-feira com 89 anos.
Almeida Santos, que completaria 90 anos a 15 de fevereiro, foi submetido por duas vezes a cirurgias cardiovasculares.
O corpo deverá estar em câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, mas não haverá cerimónia religiosa, a pedido do próprio, adiantou a mesma fonte.
Reações à morte do fundador do PS:
Voto de pesar na Assembleia da República
A Assembleia da República cumpriu esta quarta-feira um minuto de silêncio pela morte do seu antigo presidente António de Almeida Santos, depois de intervenções emocionadas proferidas por todos os grupos parlamentares.
"Homem de causas" - Cavaco Silva
O Presidente da República recordou esta terça-feira Almeida Santos como um "homem de causas" e "causídico da liberdade" e sublinhou a forma como o ex-presidente do parlamento foi fiel ao ideário que marcou a sua trajetória de vida.
"Homem de causas, causídico da liberdade, António de Almeida Santos distinguiu-se pelas suas qualidades como jurista, sendo autor de vários diplomas estruturantes do nosso regime democrático", lê-se numa mensagem enviada pelo chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, à família do presidente honorário do PS.
Na mensagem, divulgada no 'site' na Presidência da República, Cavaco Silva lembra também a forma como Almeida Santos se manteve "sempre fiel ao ideário e aos princípios que marcaram a sua trajetória de vida", na qual exerceu as mais altas funções do Estado, com destaque para a presidência da Assembleia da República.
"Cidadão exemplar pelo seu empenho na defesa do modelo democrático europeu, Almeida Santos deixa, em todos os que tiveram o privilégio de o conhecer, a memória afetuosa da cordialidade e da afabilidade de trato, da sua admirável cultura humanista e dos seus invulgares dotes de orador e cultor da Língua Portuguesa", é ainda referido na missiva.
"Perda de um grande amigo" - António Costa
O primeiro-ministro, António Costa, manifestou esta terça-feira profunda tristeza pela morte do presidente honorário do PS, António Almeida Santos, que considerou um dos grandes legisladores da construção do Estado de Direito democrático e um dos obreiros da descolonização.
António Costa, também secretário-geral do PS, falava aos jornalistas à chegada à capital de Cabo Verde, Praia, logo após tomar conhecimento da morte.
"Estou perante a perda de uma grande amigo, de um camarada, alguém com uma extraordinária vitalidade. Ainda no domingo todos o pudemos ver a discursar no apoio à candidatura presidencial de Maria de Belém", começou por declarar o primeiro-ministro.
António Costa caracterizou depois António de Almeida Santos como "um homem extraordinário, um dos grandes legisladores que construiu o Estado de Direito democrático após o 25 de Abril de 1974, um dos obreiros da descolonização e um homem que ao longo de toda a sua vida pública - como deputado, como membro do Governo, presidente da Assembleia da República, ou presidente do PS - deu sempre tudo do melhor que sabia e tinha ainda tanto para dar à democracia e às ideias em que acreditava".
"Democrata exemplar" - Ferro Rodrigues
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, disse que recebeu com "surpresa e consternação" a notícia da morte de António Almeida Santos, que apelidou de "democrata exemplar" e "modernizador" do Parlamento.
"Foi com surpresa e consternação que tomei conhecimento da morte de António de Almeida Santos", disse Ferro Rodrigues na Assembleia da República, caracterizando o presidente honorário do PS como um "democrata exemplar, sempre conciliador, sempre presente e solidário e, por isso, sempre acarinhado por todos".
"Jurista reputado e culto, grande orador e escritor, deixou a sua impressão digital em muitas e importantes leis da República, por isso, muitos o recordam e, justamente, como o grande legislador da democracia", frisou.
Ferro Rodrigues lembrou, ainda, os quase sete anos que Almeida Santos esteve à frente da Assembleia da República, afirmando que "deixa uma memória ainda muito viva junto de todos os funcionários e deputados que com ele se cruzaram e deixou uma marca que a história parlamentar recordará como uma marca modernizadora".
"Foi com ele que o Parlamento cresceu, com novas instalações, foi com ele que o Parlamento se começou a adaptar à era da internet e foi com ele que o parlamento consolidou a sua aproximação às novas gerações", afirmou.
"Profundamente triste" - Mário Soares
O antigo Presidente da República Mário Soares lamentou esta terça-feira a morte do presidente honorário do Partido Socialista (PS), António Almeida Santos.
"Mário Soares está profundamente triste com a morte do seu amigo Almeida Santos", adianta uma curta mensagem enviada à agência Lusa por fonte próxima do antigo chefe de Estado e fundador do Partido Socialista.
"Pilar sólido do PS" - Jorge Sampaio
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio afirmou esta terça-feira que António de Almeida Santos "foi um pilar sólido" do Partido Socialista e "é indissociável" da democracia portuguesa.
"Almeida Santos marcou, como poucos, a vida política portuguesa. Foi um pilar sólido, não só do PS (Partido Socialista), mas da nossa democracia, pela sua brilhante inteligência; pela sua capacidade de análise e visão estratégica; pela sua palavra certa; pela habilidade em esvaziar conflitos e gerar consensos, agregar pessoas e também de criar afectos", de acordo com um comunicado de Jorge Sampaio enviado à agência Lusa.
O ex-chefe de Estado português expressou ainda tristeza "pela notícia abrupta e inesperada da morte" do presidente honorário do PS e sublinhou as qualidades de Almeida Santos: "um jurista notável, um escritor de um talento raro, um orador na melhor tradição dos tribunos romanos, um leitor atento e quase insaciável".
Adriano Moreira considera que morte do amigo é uma "grande perda"
O antigo presidente do CDS-PP Adriano Moreira foi das primeiras figuras públicas a passar esta quarta-feira de manhã pela Basílica da Estrela, em Lisboa, para homenagear o "grande amigo" António Almeida Santos, cuja morte considerou ser "uma grande perda". "É uma grande perda que nós temos, mesmo na circunstância atual do país. O bom senso, o sentido de equilíbrio, o respeito pela diferença, próximo, tudo isso quando as situações são difíceis avultam mais como indispensáveis", afirmou aos jornalistas à saída da Basílica da Estrela. Adriano Moreira realçou ainda o papel de António Almeida Santos como "interventor na Assembleia [da república] de uma qualidade excecional" e que "deixa grande uma obra escrita".
"Enormes consensos" - Vera Jardim
O socialista José Vera Jardim recordou esta terça-feira Almeida Santos como um homem que impressionava pelo "afeto", que era "capaz de gerar enormes consensos" e que "ajudou à construção" do sistema jurídico português.
O antigo ministro da Justiça afirmou que conheceu o presidente honorário do PS há mais de 50 anos, chegando a trabalhar no seu escritório em Moçambique e sentando-se ao seu lado na Assembleia da República, e que António Almeida Santos era um homem de tantas facetas que, sublinhou, "é difícil distinguir uma".
"Um homem que gerava à sua volta enormes consensos e que deu uma ajuda fundamental à construção do sistema jurídico português, quer como ministro da Justiça quer depois no parlamento ou no PS", afirmou aos jornalistas o porta-voz da candidata de Maria de Belém às eleições presidenciais.
Vera Jardim disse ainda que António Almeida Santos "fez leis fundamentais que moldaram o nosso sistema jurídico".
"O mais brilhante parlamentar" da democracia portuguesa - Francisco Assis
O ex-líder parlamentar do PS Francisco Assis lamentou hoje a morte de Almeida Santos, que recordou como "o mais brilhante parlamentar" da democracia portuguesa e "um homem generoso". "O doutor Almeida Santos marcou de forma indelével as últimas décadas da nossa vida pública. Foi um lutador pela liberdade e pela consolidação da democracia. Teve um papel absolutamente essencial nos anos iniciais do nosso regime democrático", afirmou Francisco Assis, em declarações à agência Lusa.
"Construtor da democracia" - Augusto Santos Silva
O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que se devem ao presidente honorário do PS, Almeida Santos, algumas das "traves mestras" da primeira legislação democrática, destacando a força das suas palavras e das suas convicções.
Augusto Santos Silva falava aos jornalistas à chegada à capital de Cabo Verde, Praia, no início de uma visita oficial a este país de expressão portuguesa, logo após ter tomado conhecimento da morte do presidente honorário do PS, António de Almeida Santos.
Para o ex-dirigente socialista, António de Almeida Santos "foi um dos construtores da democracia portuguesa, designadamente no plano legislativo".
"Devem-se a António de Almeida Santos algumas das traves mestras que constituíram a primeira legislação democrática. Assinalo a sua participação muito importante no processo de descolonização, mas, muito antes disso, foi também um combatente pela liberdade, um grande advogado e um jurista insigne", sustentou Augusto Santos Silva.
"Presidente para sempre" - Carlos César
Carlos César lamentou a morte de António Almeida Santos, que considerou o "presidente para sempre" do Partido Socialista.
"Almeida Santos desempenhou as mais altas funções no Estado e foi presidente do PS e era agora o nosso presidente honorário. E não era honorário por uma coincidência protocolar qualquer: quisemos que ele soubesse que era o nosso presidente para sempre", escreveu Carlos César na sua página na rede social Facebook.
Carlos César diz dever a Almeida Santos "uma amizade quase paternal".
"Com Almeida Santos partilhei muitos e importantes momentos durante 40 (!) anos e com ele aprendi tanto. Era paciente, persistente, pedagogo e... tinha quase sempre razão, sem que tivesse de alterar o tom de voz para persuadir", acrescenta o atual presidente do PS e antigo presidente do Governo Regional dos Açores.
"Grande amigo" - Jorge Coelho
O ex-ministro e ex-dirigente do PS Jorge Coelho lamentou a morte do seu "grande amigo" Almeida Santos, classificando-o como "uma referência para todos os que se reveem numa sociedade mais humana e solidária".
"Estou profundamente chocado com a morte de um grande, grande amigo, que deu tudo de si ao país e ao Partido Socialista e era uma referência gigantesca para todos os que se reveem numa sociedade mais humana e mais solidária", afirmou, em declarações à Lusa, Jorge Coelho, depois de ter tido conhecimento do falecimento de Almeida Santos.
Para o ex-ministro de governos socialistas, Almeida Santos "vai fazer muita falta, pelo seu bom senso e capacidade para encontrar soluções para as questões, também pelo respeito que as pessoas lhe tinham".
Sócrates diz que todos o que o conheceram estão "numa grande tristeza"
O antigo primeiro-ministro José Sócrates disse hoje que a morte de Almeida Santos provocou um "grande vazio e uma grande tristeza" e destacou o seu papel no pós 25 de abril, considerando-o o "legislador da liberdade".
"Figura marcante" - Luís Montenegro
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, lamentou esta terça-feira a morte de António Almeida Santos, considerando tratar-se de "uma das figuras mais marcantes" da "implementação e evolução" da democracia portuguesa.
"É de facto uma das figuras mais marcantes deste percurso de 40 anos de implementação e evolução da nossa democracia", afirmou Luís Montenegro, que, numa declaração no parlamento exprimiu ao PS e à família, em particular à filha, a deputada socialista Maria Antónia Almeida Santos, o pesar do grupo parlamentar do PSD.
O líder da bancada social-democrata manifestou "grande respeito por todo o percurso do doutor Almeida Santos", e, sublinhando estar a falar no parlamento, realçou as suas "qualidades de orador, de eminente jurista e também o seu trabalho como presidente da Assembleia da República".
"Político de grande estatura" - Pedro Passos Coelho
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, recordou Almeida Santos, como "um político de grande estatura", que "deixou uma impressão digital muito específica na construção do sistema democrático" em Portugal.
"Este desaparecimento foi um choque", sublinhou o líder social-democrata, à entrada para a Basílica da Estrela, em Lisboa, onde o corpo do ex-presidente da Assembleia da República e ex-dirigente do PS está em câmara ardente.
O líder social-democrata classificou Almeida Santos como "um homem de grande humanismo", com "uma visão aberta do mundo", que "deixou muitas lições para serem aproveitadas pelas gerações mais novas".
"Ficamos mais pobres", salientou o ex-primeiro-ministro, depois de recordar a obra escrita de "um homem de grande inteligência", que está "patente em todo o legado" que deixou.
"Figura grande da História" - Miguel Albuquerque
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, lamentou hoje a morte de António Almeida Santos, descrevendo-o como uma "figura grande da História de Portugal democrático". "O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e todo o seu executivo lamentam a morte do doutor Almeida Santos, presidente honorário do PS e antigo presidente da Assembleia da República, figura grande da História de Portugal democrático", refere um comunicado da Presidência do Governo Regional. Na nota, o executivo apresenta condolências a toda a família e aos amigos do presidente honorário do PS.
"Político da maior categoria intelectual e cívica" - Jardim
O ex-presidente do Governo da Madeira Alberto João Jardim considerou esta terça-feira Almeida Santos "um político da maior categoria intelectual e cívica", sublinhando que com a sua morte perdeu "um amigo". Num comunicado enviado à agência Lusa, o ex-presidente do Governo Regional recorda que, "sempre muito interessado com as questões da Madeira", António Almeida Santos "teve intervenções muito positivas, como no caso da zona franca e no estabelecimento da normalidade de relações institucionais entre a República e a região autónoma".
"Príncipe da democracia" - PS
O PS manifestou esta terça-feira "profunda consternação e choque" com a morte do seu presidente honorário, salientando que foi um "príncipe da democracia" e um "combatente desde sempre pelos valores da democracia".
"Portugal perdeu um príncipe da sua democracia e os socialistas sofreram uma perda irreparável", assinala o Partido Socialista numa nota enviada à agência Lusa.
Na nota de pesar, o PS afirma que a "capacidade tribunícia" de Almeida Santos "fez dele um terrível adversário da ditadura, também na defesa de presos políticos, designadamente em Moçambique, e depois do 25 de Abril um parlamentar incomparável", como deputado, líder do grupo parlamentar socialista e presidente da Assembleia da República, cargo que exerceu entre 1995 e 2002.
Os socialistas salientam também que Almeida Santos foi o "artífice de uma parte substancial da malha legislativa no dealbar da Democracia portuguesa, contribuindo decisivamente para a construção do Estado de Direito Democrático".
"Na sua ação fez da capacidade de diálogo, da consensualização e da concertação política - sem abdicar da firmeza das suas ideias - uma verdadeira arte e uma das suas imagens distintivas", lê-se na nota.
"Estava sempre a ajudar" - António Guterres
O antigo primeiro-ministro António Guterres classificou de "enorme perda" a morte de Almeida Santos, um "homem bom, inteligentíssimo", que "estava sempre a ajudar".
"É uma dor muito grande vê-lo partir", admitiu o ex-alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), à entrada para a Basílica da Estrela, em Lisboa, onde o corpo do ex-presidente da Assembleia da República se encontra em câmara ardente.
Guterres recordou Almeida Santos como "uma pessoa absolutamente extraordinária, como é difícil encontrar", e definiu-o como "um amigo" sempre "pronto para ajudar".
"Sempre foi um amigo para ajudar, sempre foi uma pessoa extraordinária. Ajudava toda a gente, os amigos e até alguns antigos inimigos, gente que o tinha perseguido em Moçambique e que ele, mais tarde, veio a ajudar aqui, quando foi ministro", lembrou.
Almeida Santos morreu na segunda-feira à noite, com 89 anos, na sua residência, em Oeiras.
Histórico socialista evocado como um dos construtores da democracia
O antigo ministro socialista António Vitorino salientou o contributo do presidente honorário do PS, Almeida Santos, que morreu na segunda-feira, aos 89 anos, para a "edificação do Estado de direito democrático".
"Gostaria de evocar esse grande contributo que ele deu à edificação do Estado de direito democrático, a todos os níveis, constitucional, legislativo, no governo, e no parlamento", afirmou António Vitorino, à porta da Basílica da Estrela, em Lisboa.
O antigo comissário europeu salientou o papel de Almeida Santos na "construção da democracia", através "da feitura da lei e o respeito pela lei".
PS Coimbra destaca dedicação às causas do distrito
O presidente da Federação de Coimbra do Partido Socialista destacou esta terça-feira a dedicação de Almeida Santos às causas de Coimbra e do distrito, pelo qual foi cabeça de lista em eleições legislativas.
"Como poucos, dedicou-se às causas do distrito, às preocupações da suas gentes e às suas instituições", realçou Pedro Coimbra, em comunicado, acrescentando que "Coimbra e o distrito estão-lhe certamente gratos e reconhecidos". O líder distrital de Coimbra do PS considera que o contributo de Almeida Santos "ao Partido Socialista, à Democracia, a Portugal e a Coimbra - cidade, distrito e região - fazem dele uma personalidade ímpar e insubstituível".
"Personalidade muito marcante" - Arons de Carvalho
O antigo dirigente socialista Alberto Arons de Carvalho afirmou esta terça-feira que António Almeida Santos foi uma personalidade "muito marcante" na história do PS e na governação do país, representando a sua morte uma "grande perda" para Portugal.
"Foi uma pessoa muito influente na história do Partido Socialista desde o seu início, embora não tenha sido um dos seus fundadores, e foi uma pessoa muito influente também na governação do país, porque foram produzidas por ele muitas das leis na altura em que esteve no Governo", disse à agência Lusa Arons de Carvalho.
O antigo dirigente e um dos fundadores do Partido Socialista considerou que o presidente honorário do PS, António Almeida Santos, que morreu na segunda-feira, em Lisboa, foi também uma pessoa muito marcante na história do partido socialista, pela sua "capacidade de diálogo e pela inteligência com que abordava os temas".
"Um herói da liberdade" - Pedro Silva Pereira
O antigo ministro da Presidência Pedro Silva Pereira considerou Almeida Santos, que morreu na segunda-feira, como "um herói da liberdade" e um "combatente incansável pela justiça", que será sempre "uma referência e inspiração".
"Este é um dia muito triste para a democracia portuguesa. Foi um herói da liberdade, um combatente incansável pela justiça e pelo Estado de direito. Pessoalmente, recordo como um grande amigo, pessoa sempre afável, sempre disponível e capaz de gestos de grande humanidade e também como um inexcedível camarada", avançou, à agência Lusa.
"Homem extremamente afável e solidário" - João Cravinho
O ex-ministro socialista João Cravinho recordou esta terça-feira Almeida Santos como um "grande consultor da democracia no pós 25 de Abril", mas também "um homem extremamente afável e de uma inteligência superior".
"Almeida Santos foi uma figura que marcou a política nacional por muitos anos depois do 25 de Abril. Foi um legislador notável, quer diretamente como ministro, quer como conselheiro de membros do Governo e um excecional parlamentar", recordou o antigo ministro socialista João Cravinho, sublinhando que o antigo político foi "um redator de imensa legislação que está no Diário da República". Um homem "extremamente afável", "muito solidário" e com "uma inteligência superior" foram outras das características apontadas por João Cravinho a Almeida Santos, que completaria 90 anos a 15 de fevereiro.
"Um homem bom" - Vítor Ramalho
O socialista Vítor Ramalho recordou esta terça-feira o "amigo Almeida Santos", com quem partilhava uma paixão por África, lembrando-o como uma personalidade incontornável da democracia, que "utilizou o seu saber para esgrimir uma batalha contra o regime anterior".
O socialista Vitor Ramalho recordou-o como "um homem bom e um grande jurista", mas também "um grande amigo de África e dos povos de expressão oficial portuguesa, em especial de Moçambique, onde viveu muitos anos".
Grande democrata e um dos fundadores da democracia - Freitas do Amaral
O histórico socialista António Almeida Santos foi um "grande democrata" e um dos "pais fundadores da nossa democracia", considerou hoje o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Freitas do Amaral. Num depoimento sobre a morte do presidente honorário do PS, na segunda-feira, o professor e antigo dirigente centrista disse que se sentiu muito penalizado com a notícia do óbito de Almeida Santos, de quem era, escreveu, "muito amigo".
Freitas do Amaral apresentou "as mais sentidas condolências" à família e ao PS.
"Perda irreperável" - Maria de Belém
A ex-presidente do PS e atual candidata às eleições presidenciais Maria de Belém Roseira disse esta terça-feira que a morte do presidente honorário do PS é "uma perda irreparável para Portugal, para a democracia portuguesa e para o Partido Socialista".
"Este acontecimento tristíssimo exige-nos a homenagem a um homem que cruzou o seu destino com a resistência à ditadura, a descolonização, a fundação da democracia de que foi o mais eminente legislador", afirmou Maria de Belém Roseira, numa declaração sem direito a perguntas na sede de candidatura, em Lisboa.
Visivelmente emocionada, Maria de Belém Roseira referiu-se a Almeida Santos como "um homem de grande dimensão cultural, afetiva e humanista".
"Personalidade invulgar" - Marcelo Rebelo de Sousa
O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa classificou esta terça-feira Almeida Santos, falecido na segunda-feira, como uma "personalidade invulgar" e "um homem muito inteligente", destacando o papel desempenhado pelo ex-dirigente do PS na consolidação da democracia.
Em declarações à Sic-Notícias, Marcelo Rebelo de Sousa destacou as qualidades de Almeida Santos como legislador e o "traço significativo de causas, pacificação e abertura política" que marcou o seu percurso.
"Teve um papel fundamental no período da consolidação da democracia", assinalou o candidato apoiado pelo PSD e CDS/PP, que manifestou o seu "desgosto pessoal" e enviou as suas condolências à família do ex-presidente da Assembleia da República e ao PS.
"Combatente pela liberdade" - Sampaio da Nóvoa
O candidato presidencial Sampaio da Nóvoa recordou Almeida Santos como um "combatente pela liberdade e por todos acarinhado" enquanto presidente da Assembleia da República.
"Acabei de tomar conhecimento do falecimento, esta noite, de António Almeida Santos, personalidade marcante do Portugal contemporâneo, fundador da nossa Democracia, combatente pela liberdade e por todos acarinhado como Presidente da Assembleia da República exemplar na sua forma de construir consensos e prestigiar o debate democrático", escreveu o candidato na sua conta de Facebook, esta madrugada.
Sampaio da Nóvoa destaca a morte do presidente honorário do Partido Socialista como um "momento triste" para o país, deixando uma homenagem a "uma das mais emblemáticas figuras da nossa história democrática, uma referência da oposição à ditadura, advogado e jurista de excelência, presidente histórico do Partido Socialista, que nunca faltou à chamada na governação e no serviço público".
Paulo de Morais apresenta condolências ao PS
O candidato presidencial Paulo de Morais apresentou esta terça-feira condolências pela morte do histórico socialista António Almeida Santos ao presidente do PS, Carlos César, solidarizando-se com a "perda de uma figura de referência" deste partido. "No momento da morte de um fundador e dirigente histórico do Partido Socialista, venho em meu nome pessoal e da minha candidatura apresentar-lhe as minhas condolências, na sua condição de presidente do Partido Socialista, pela perda de uma figura de referência para Vossas Excelências", refere Paulo de Morais em comunicado. O candidato reconhece na mesma nota que "a marca" que Almeida Santos deixou no partido socialista "é parte da identidade socialista" e nesse sentido solidariza-se com essa perda.
"Perda para a democracia" - Marisa Matias
A candidata presidencial apoiada pelo Bloco de Esquerda (BE) considerou que a morte do presidente honorário do PS "é uma perda para a democracia em Portugal", dirigindo os pêsames à família do Partido Socialista.
"É uma perda para a democracia em Portugal e é um dia triste nesse sentido. Dirijo os meus pêsames à família socialista, do Partido Socialista", disse Marisa Matias à margem de uma visita ao Tribunal de Loures.
A candidata apoiada pelo BE adiantou ainda que vai tentar "passar num momento em que tenha disponível para pessoalmente cumprimentar e deixar a manifestação dessa perda para a democracia em Portugal".
"Intervenção política" - Edgar Silva
O candidato presidencial Edgar Silva manifestou o seu pesar pela morte do presidente honorário socialista, à margem de uma ação de campanha, em Carcavelos.
"Manifestar o pesar pelo falecimento de Almeida Santos, uma pessoa que tem uma longa história de intervenção política e no PS, em particular, onde desempenhou dos mais elevados cargos e que, nos órgãos de soberania, também assumiu responsabilidades de representação institucional das mais elevadas", disse.
A campanha do deputado regional madeirense vai continuar como planeada, apenas com uma ação de rua, na Parede, num dia menos ocupado em virtude do debate televisivo noturno com os restantes candidatos presidenciais.
"Marca inconfundível na política nacional" - Henrique Neto
A candidatura de Henrique Neto à Presidência da República manifestou esta terça-feira o seu pesar pela morte de António Almeida Santos, que "deixa uma marca inconfundível na política nacional". Em comunicado, no qual envia pêsames à família de Almeida Santos e ao PS, da qual era presidente honorário, Henrique Neto considera que o antigo ministro e presidente da Assembleia da República "deve ser recordado pelo seu papel no combate à ditadura, enquanto membro da oposição democrática, e como eminente legislador no período democrático". Em comunicado, Henrique Neto sublinha que Almeida Santos deixou "a sua influência decisiva em muita da legislação produzida em Portugal desde o 25 de Abril, muita dela ainda hoje em vigor".
"Morreu um bom amigo" - Cândido Ferreira
O candidato presidencial Cândido Ferreira lamentou a morte de António Almeida Santos, sublinhando que "morreu um bom amigo com quem trocava frequentemente livros e ideias".
"A sua morte empobrece a democracia e ensombra a campanha", escreve Cândido Ferreira numa nota hoje divulgada, aproveitando para enviar à família de Almeida Santos e ao PS "sinceras condolências".
"Um grande português" - Basílio Horta
O antigo líder centrista Basílio Horta lamentou a morte de presidente honorário do PS Almeida Santos, afirmando que perdeu um amigo e que o país perdeu "um grande português".
"O país perde um grande português, um jurista emérito, um político que esteve na fundação do nosso regime democrático e um governante de exceção e eu perco um amigo", disse à agência Lusa Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, eleito pelo PS.
Basílio Horta sublinhou que Almeida Santos "é e será uma referência, quer no mundo do direito, quer no mundo da política", lembrando-o como "um democrata".
"O Partido Socialista está de luto, o país está de luto e eu tenho hoje um grande desgosto", lamentou, à agência Lusa.
"Figura de referência" - Mota Amaral
O ex-presidente da Assembleia da República Mota Amaral disse esta terça-feira que com a morte de Almeida Santos a democracia portuguesa perde "um dos seus fundadores e figura de referência".
Numa declaração escrita enviada à agência Lusa, João Bosco Mota Amaral, que sucedeu na presidência do parlamento a Almeida Santos, recordou o percurso do presidente honorário do PS, começando por dizer que foi "combatente de primeira linha contra o regime autoritário e a sua lastimosa política colonial" e distinguiu-se "na defesa dos nacionalistas moçambicanos perante a repressão".
"O seu empenho na promoção de uma descolonização justa e honrosa está documentado no seu livro de memórias, que se junta a uma produção literária e doutrinária de muito mérito", refere o social-democrata Mota Amaral, considerando que Almeida Santos era, "de resto, um esmerado cultor da Língua Portuguesa, tanto escrita como falada".
O primeiro presidente do Governo dos Açores adianta que Almeida Santos se "tornou o legislador por excelência da fase de implantação da Democracia" no país, "devendo-se à sua pena muitos dos textos legislativos dos governos provisórios e, mesmo, dos primeiros governos constitucionais, dos quais foi membro com a responsabilidade de variadas pastas".
O antigo ministro António Arnaut lamentou a morte do seu amigo, que considerou "um republicano e um socialista exemplar".
"Qualidades intelectuais" - António Arnaut
António Arnaut, principal impulsionador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), recordou à agência Lusa que conheceu pessoalmente Almeida Santos após o 25 de Abril de 1974, passando a admirar "as suas qualidades intelectuais e a sua capacidade de trabalho".
Arnaut, um dos fundadores e militante número 4 do PS, exercia então advocacia em Coimbra, em cuja universidade tinha concluído a licenciatura em Direito, em 1950.
Nessa época, além da atividade de oposição à ditadura de Salazar, no âmbito do Movimento de Unidade Democrática (MUD) Juvenil, Almeida Santos residiu na Real República Baco e destacou-se como dirigente da Associação Académica de Coimbra, além de ter integrado a Tuna Académica e o Orfeon Académico.
"Figura incontornável" - Ana Gomes
A eurodeputada Ana Gomes lembrou a amizade pessoal e a importância de Almeida Santos para o país, uma "figura incontornável da construção democrática e da descolonização", que marcou várias gerações.
Ana Gomes disse à Lusa que estava em Estrasburgo quando soube pela rádio portuguesa "com choque e profundo pesar" da morte do presidente honorário do PS, António Almeida Santos, que faleceu no final da noite de segunda-feira em Lisboa.
"Almeida Santos era um amigo. Para além de presidente do partido, que foi durante muitos anos, era um amigo. Era uma figura incontornável da nossa construção democrática em Portugal e da descolonização", recordou Ana Gomes.
Em declarações à Lusa, a eurodeputada lembrou algumas das suas qualidades: "uma gentileza como ser humano, uma figura política de uma elegância de atitude, que marcou várias gerações em Portugal, e certamente a minha".
"É com profundo pesar, enquanto socialista e como sua amiga e amiga de membros da sua família, que o vejo desaparecer", lamentou.
"Tristeza imensa - Alberto Martins
O antigo ministro da Justiça Alberto Martins manifestou esta terça-feira "uma tristeza imensa" pela morte do presidente honorário do Partido Socialista (PS), António Almeida Santos, lembrando-o como uma grande figura da democracia do país.
"Almeida Santos foi uma grande figura da democracia do nosso país, cruzou o seu destino com alguns dos momentos mais marcantes do Portugal moderno", disse o socialista Alberto Martins à agência Lusa.
Para o antigo ministro da Justiça de José Sócrates, Almeida Santos foi "um homem da política portuguesa, uma grande figura humana", recordando a sua resistência à ditadura e o papel na construção da democracia, na descolonização e na formação do Portugal democrático na vida política e parlamentar.
Alberto Martins que foi também líder parlamentar do PS lembrou ainda Almeida Santos como um "grande legislador da democracia" e um "homem de cultura", além de uma figura académica, da vida universitária e "um homem de Coimbra, da sua universidade".
"É uma tristeza imensa, pois é um dos raros portugueses que fazem parte da história e de muitos de nós da nossa vida pessoal", declarou.
"Uma enorme perda" - Carlos Zorrinho
O líder da delegação socialista ao Parlamento Europeu, Carlos Zorrinho, lamentou a morte do presidente honorário do PS, António Almeida Santos, classificando-a como "uma enorme perda" para Portugal, mas realçou que "a sua memória perdurará por muito tempo".
"Com a morte de António Almeida Santos, Portugal perde um grande cidadão, perde um grande político e um grande socialista", afirmou, numa declaração à Lusa desde Estrasburgo, à margem da sessão plenária da assembleia europeia.
Zorrinho notou que Almeida Santos foi "um homem que foi muito importante na sociedade portuguesa, quer antes, quer depois do 25 de abril, e em funções muito diversas", e era "uma personalidade que tinha uma visão do mundo".
"Os seus livros mostram bem como se preocupava com o desenvolvimento integral do planeta, com as questões ambientais, muito antes de elas estarem na primeira linha das preocupações, com as desigualdades sociais", comentou.
"Pessoalmente, António Almeida Santos era também para mim, e é, um enorme amigo. É, de facto, uma enorme perda para o nosso país, e a sua memória perdurará por muito tempo", concluiu.
"Um dos vultos mais importantes" - PS Madeira
O Partido Socialista da Madeira lamentou a morte de António Almeida Santos, salientando que o antigo político foi "um dos vultos mais importantes da democracia" portuguesa.
Em comunicado divulgado e assinado pelo secretário-geral do PS-M, Jaime Leandro, os socialistas madeirenses assinalam que Almeida Santos partiu aos 89 anos "após uma vida plena de experiências também politicas".
"Teve um papel preponderante no pós 25 de Abril, ajudando a consolidar a então jovem democracia, foi destacado militante do Partido Socialista, do qual foi presidente e presidente honorário, foi ministro e presidente da Assembleia da República, tendo sido também um eminente advogado, entre tantas outras coisas", recorda.
"Portugal perdeu um dos vultos mais importantes da nossa democracia. O Partido Socialista endereça à sua família sentidas condolências", acrescenta a nota.
"Um príncipe da República" - Manuel Alegre
Almeida Santos foi um "príncipe da República" e podia ter sido seu Presidente, disse Manuel Alegre ao chegar à Basílica da Estrela, onde aquele histórico socialista está em câmara ardente.
Alegre recordou o ex-presidente honorário do PS, falecido na noite de segunda-feira, como "um homem de diálogo e unidade", que foi "o principal legislador" no pós-25 de Abril e que "podia ter sido Presidente (da República), mas nunca quis".
Classificou também Almeida Santos como "um grande português, da nossa democracia, da nossa República" e ainda "um homem com um grande coração, que sabia unir, um príncipe da República".
Alegre declarou ainda que "está com uma grande mágoa, com saudade e de luto", até porque Almeida Santos "era um dos (seus) melhores amigos".
JS recorda "legado exemplar" e "modelo a seguir"
A JS lembrou esta terça-feira o "legado exemplar para todos os jovens socialistas" e o "modelo a seguir" que foi António Almeida Santos, que morreu na segunda-feira, prometendo continuar a "luta pelas mesmas causas" do histórico socialista.
"Para a Juventude Socialista, ainda que partindo hoje este camarada, fica na história o seu legado exemplar para todos os jovens socialistas, um modelo a seguir na forma de estar e atuar, que eternamente contará com a amizade e consideração de todos os que, na JS, continuam a luta pelas mesmas causas", afirma em comunicado a estrutura que congrega os jovens do PS. A JS encontra em António Almeida Santos uma "referência para todos os militantes da JS, no passado, presente e futuro, cujos importantes contributos para a construção do país constituem parte substancial de um legado político, cidadão e humano que jamais será esquecido".
"Respeitado pelos seus pares" - CDS-PP
O CDS-PP recordou Almeida Santos como um presidente da Assembleia "respeitado pelos seus pares" e que sempre respeitou, independentemente das diferenças políticas, todos os grupos parlamentares.
"O Dr. Almeida Santos será recordado como um presidente da Assembleia da República que foi respeitado pelos seus pares. E independentemente das diferenças políticas claras, sempre lidou com grande cordialidade e respeito todos os Grupos Parlamentares", refere o CDS-PP, numa nota à imprensa.
Na nota, o CDS-PP apresenta à família de Almeida Santos, amigos e ao PS as condolências do partido.
"O Dr. Almeida Santos tinha uma preocupação cuidada com a escrita política, uma inteligência por todos reconhecida e lutou com ânimo pelas suas convicções", acrescenta o texto.
"Perda enorme para a democracia" - PCP
O PCP qualificou a morte de Almeida Santos como uma "perda enorme para a democracia", lembrando o seu percurso de antifascista, o papel no processo de descolonização e a "atividade muito marcante na construção do Estado de direito".
"Foi um antifascista, designadamente pela ação que desenvolveu no grupo de democratas de Moçambique, que ele próprio dinamizou. Após o 25 de Abril, desde a primeira hora, teve um papel cimeiro na construção da democracia em Portugal, tendo tido enquanto ministro um papel muito importante no processo de descolonização, que se seguiu à revolução do 25 de Abril", afirmou o deputado António Filipe.
Falando aos jornalistas no parlamento, António Filipe começou por afirmar que a morte de Almeida Santos é uma "perda enorme para a democracia em Portugal".
Figura "incontornável" da política portuguesa - Jerónimo de Sousa
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, lamentou a morte de António Almeida Santos, uma figura que considera "incontornável" da vida política portuguesa. "Queria manifestar publicamente, em meu nome pessoal e, naturalmente, do meu partido, as mais sentidas condolências pela perda de uma figura incontornável quer pelo seu percurso antifascista, quer pelas suas altas responsabilidades no plano institucional, designadamente como presidente da Assembleia da República", disse Jerónimo de Sousa.
"Resistente antifascista" - Domingos Abrantes
O dirigente histórico comunista Domingos Abrantes lamentou esta terça-feira a morte do presidente honorário do PS, Almeida Santos, classificando-o como "um resistente antifascista" que deu um contributo para a institucionalização da democracia em Portugal.
Domingos Abrantes, membro do Conselho de Estado, falava aos jornalistas à chegada à cidade da Praia, onde na quarta-feira, a convite do Governo de Cabo Verde, participará na inauguração do Museu do Campo de Concentração do Tarrafal - um ato solene em que também estará presente o primeiro-ministro português, António Costa.
"Almeida Santos deu um contributo quer à resistência antifascista, quer à construção da democracia", declarou Domingos Abrantes.
Para o dirigente histórico comunista, António de Almeida Santos "foi um oposicionista ao Estado Novo e um democrata".
"Naturalmente, lamentamos a perda de um resistente. Com as suas caraterísticas próprias deu uma contribuição para a institucionalização da democracia portuguesa", referiu.
"Profunda consternação" - Pedro Cegonho, ANAFRE
O presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), Pedro Cegonho (PS), lamentou esta terça-feira a morte de António Almeida Santos, manifestando "profunda consternação, pelo valor incontornável" do presidente honorário do PS para Portugal.
Sublinhando que a notícia da morte do antigo presidente da Assembleia da República "foi recebida com choque" pela ANAFRE, o presidente desta associação recordou que Almeida Santos "foi autor de dezenas de livros" e "tinha várias condecorações" (Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e da Ordem Militar de Cristo).
"Inteligência, sensibilidade e cultura" - Fundação Champalimaud
A Fundação Champalimaud lamentou hoje o falecimento de António de Almeida Santos, que era membro do Conselho de Curadores, lembrando a sua "inteligência, sensibilidade e cultura". Numa carta enviada hoje para a Lusa e assinada por Daniel Proença de Carvalho e Leonor Beleza, a Fundação Champalimaud "lamentou profundamente o falecimento" de Almeida Santos, que completaria 90 anos a 15 de fevereiro e era membro do conselho de Curadores.
"O Dr. Almeida Santos foi amigo e advogado do Fundador António Champalimaud, foi indicado por ele para o Conselho de Curadores e participou desde o início no projeto da Fundação, dando-lhe um relevante contributo, pelas suas excecionais qualidades de inteligência, sensibilidade e cultura. Sentiremos a falta do seu conselho", referem os dois responsáveis da instituição em comunicado.
BE lembra "o lutador pela liberdade"
O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, associou-se hoje ao momento de pesar constituído pela morte de António Almeida Santos, lembrando "o homem, o político e o lutador pela liberdade".
"Da parte do BE, queremos associar-nos ao momento de pesar que é vivido, damos esta nota de pesar e das condolências à sua família e aos seus amigos e ao PS, lembrando o homem, o político, o lutador pela liberdade, o lutador pela democracia e o presidente da Assembleia da República, que deixou também na sua vida enquanto parlamentar uma marca bastante forte", afirmou Pedro Filipe Soares. O líder da bancada do Bloco começou por sublinhar que António Almeida Santos teve uma "vida marcada pelo combate pela liberdade".
Um apaixonado por Coimbra do futebol à música - Rui Pato
O médico e guitarrista Rui Pato lembrou hoje a "paixão" de António Almeida Santos "por Coimbra, do futebol à música", cidade, onde estudou e onde a Universidade o distinguiu, em 2007, com o título de honoris causa. Coimbra, onde ele viveu, entre 1938 e 1953, é a cidade que "mais amava", como ele próprio escreveu no único CD que gravou -- 'Coimbra no Outono da Voz' (2004) --, recordou à agência Lusa Rui Pato, sublinhado a "grande sensibilidade" e prazer de cantar que Almeida Santos tinha.
Associação 25 de Abril lembra oposição à ditadura
A Associação 25 de Abril manifestou esta terça-feira "enorme pesar" pela morte do seu associado António Almeida Santos, destacando a sua ação enquanto "opositor à ditadura de Salazar e Caetano, nomeadamente através da sua ação em Moçambique". Em comunicado assinado pelo presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, é sublinhado que Almeida Santos "regressaria a Portugal imediatamente após o 25 de Abril e aqui se envolveria na construção do Portugal, livre, democrático e mais justo". "Naturalmente, integrou vários dos Governos Provisórios, desempenhando um papel central em todo o processo de Descolonização/Independência", acrescenta o documento.
Câmara de Seia decreta três dias de luto municipal
O presidente da Câmara de Seia, Carlos Flipe Camelo, decretou esta terça-feira três dias de luto municipal, com bandeira a meia haste, pela morte de António de Almeida Santos, natural de Cabeça, naquele concelho do distrito da Guarda.
O socialista Carlos Filipe Camelo emitiu um despacho através do qual refere que a autarquia que lidera tomou conhecimento da morte de António de Almeida Santos, um "ilustre senense", com "profunda consternação". Em "sua memória e reconhecimento", o autarca determinou três dias de luto municipal com colocação da bandeira do município a meia haste em todos os edifícios municipais.
"Militante ativo na luta anticolonial" - MPLA
O vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Roberto de Almeida, transmitiu esta terça-feira ao PS português "profunda consternação" pela morte de António de Almeida Santos, que classificou como "militante ativo na luta anticolonial".
Em mensagem enviada ao secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, e à qual a Lusa teve acesso, o partido no poder em Angola destaca ainda a "figura eminente da política portuguesa".
CPLP lamenta morte do presidente honorário do PS
O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, lamentou esta terça-feira a morte de António Almeida Santos, destacando o papel do dirigente socialista na defesa das causas dos povos das antigas colónias portuguesas. "Consternado neste momento, o secretário executivo da CPLP destaca o papel desempenhado pelo doutor António Almeida Santos na defesa da liberdade e das causas dos povos das antigas colónias portuguesas, tal como foi a sua ação em Moçambique, e no apoio dado ao combate pela democracia em Portugal", refere um comunicado divulgado pela organização lusófona.
Joaquim Chissano recorda homem com o coração dividido
O antigo Presidente de Moçambique Joaquim Chissano recorda Almeida Santos como um homem cujo coração se manteve dividido entre Portugal e Moçambique, onde o político português viveu mais de duas décadas. "Almeida Santos, que pertenceu ao Grupo dos Democratas, escolheu permanecer como português, mas sempre com uma grande parte do seu coração em Moçambique", declarou Chissano ao programa Repórter África, da RTP, numa reação à morte do presidente honorário do PS. Tendo vivido em Lourenço Marques (atual Maputo), onde, de 1953 a 1974, exerceu advocacia e integrou o Grupo dos Democratas de Moçambique, António de Almeida Santos regressou a Portugal após a Revolução dos Cravos.
Sociedade Portuguesa de Autores manifesta pesar
A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) manifestou esta quarta-feira pesar pela morte do presidente honorário do PS, António Almeida Santos, que morreu na segunda-feira, aos 89 anos.
"Foi um ministro fundamental em vários Governos após o 25 de Abril, deputado, figura central como grande legislador da nossa vida democrática nas últimas quatro décadas", salienta a SPA em comunicado.
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