Foi um dos responsáveis pelos desenhos das áreas verdes da cidade de Lisboa.
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A maior parte dos governantes não conhece o País, salvo honrosas exceções.” Era assim Gonçalo Ribeiro Telles, frontal e direto. O ‘pai’ da política ambiental em Portugal, grande defensor da proteção dos parques naturais, dos jardins e hortas urbanas, morreu esta quarta-feira rodeado pela família em casa, em Lisboa, cidade que o viu nascer e onde deixou obra feita. Contava 98 anos.
Arquiteto paisagista, Ribeiro Telles nasceu em 1922 e foi um dos responsáveis pelo desenho das áreas verdes de Lisboa, de Monsanto às zonas ribeirinhas, Oriental e Ocidental, do Vale de Alcântara, ao Jardim Amália, no Parque Eduardo VII.
Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, foi uma voz crítica contra as políticas de urbanismo que existiam então.
Em 1975 recebeu o prémio Valmor graças ao Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, que fez em parceria com Viana Barreto. “Era um homem à frente do seu tempo que viu, como poucos, o que reservava o futuro numa altura em que os alarmes das crises ecológica e climática ainda não soavam com a força de hoje”, recordou esta quarta-feira Isabel Mota, presidente da Fundação Gulbenkian.
Em 2013, Gonçalo Ribeiro Telles foi distinguido com o ‘Nobel’ da Arquitetura Paisagista, o prémio Sir Geoffrey Jellicoe, atribuído em Auckland, na Nova Zelândia.
O seu trabalho foi reconhecido ao longo dos anos pelo Estado português. Foi condecorado por três Chefes de Estado: Américo Tomás, Mário Soares (por duas vezes) e Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República, que foi colega de governo de Ribeiro Telles entre 1982 e 1983, recordou-o esta quarta-feira como um “lutador pelas liberdades e a democracia” e uma “consciência crítica” no plano ambiental. O Governo decretou para hoje um dia de luto nacional. “As ideias que defendia há 50 anos e eram então consideradas utópicas são hoje comummente aceites. A sua perda é inestimável”, afirmou António Costa.
Apoiou Humberto Delgado, integrou a AD e foi ministro
Gonçalo Ribeiro Telles fundou o Movimento dos Monárquicos Independentes em 1957 e apoiou a candidatura presidencial de Humberto Delgado em 1958. Após o 25 de Abril, fundou o PPM. Subsecretário de Estado do Ambiente em governos provisórios e secretário de Estado do Ambiente de 1976 a 1978, fez parte da AD em 1979, liderada por Sá Carneiro. Ministro de Estado e da Qualidade de Vida no governo de Pinto Balsemão, também foi deputado e fundou o MPT em 1993.
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