Nomeação segue-se às renúncias de Afonso Salema e Rui Oliveira Neves.
O Conselho de Administração da Start Campus nomeou esta quarta-feira Robert Dunn como presidente executivo interino da empresa, com efeitos imediatos, na sequência da renúncia de Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, arguidos da operação influencer.
"Robert Dunn traz consigo uma vasta experiência na entrega de soluções para centros de dados, tendo ocupado anteriormente cargos relevantes nesta indústria", refere a Start Campus, em comunicado.
Esta nomeação segue-se às renúncias de Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, que ocupavam, respetivamente, os cargos de presidente executivo e de advogado e administrador, dois dos nove arguidos na investigação do Ministério Público aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines.
A empresa, que é ela própria arguida no processo judicial, assegurou que "continua a cooperar com as autoridades portuguesas e a fornecer todas as informações solicitadas para garantir uma investigação completa e imparcial de todos os factos".
"A Start Campus rege-se pelos mais altos padrões em todas as áreas de negócio e em cada etapa do projeto em Sines", referiu a empresa na mesma nota, assegurando que "mantém o compromisso com as suas operações e investimentos em Portugal".
Neste sentido, a empresa disse estar a tomar "todas as medidas necessárias para garantir a continuidade da operação e para que a sua equipa, clientes e parceiros comerciais continuem a receber o mesmo nível de serviço de alta qualidade".
A Start Campus está a desenvolver um centro de dados em hiperescala, com uma capacidade até 495 megawatts (MW) alimentado por energia 100% verde, em Sines, tendo recentemente inaugurado o primeiro de cinco edifícios previstos.
De acordo com o comunicado, ambos os acionistas, Davidson Kempner Capital Management LP e Pioneer Point Partners LLP, "estão comprometidos com o desenvolvimento do projeto, um dos maiores centros de dados da Europa, que contribuirá significativamente para a transição energética, transformação digital de Portugal e para responder à crescente procura das empresas de tecnologia internacionais".
O Ministério Público (MP), em 10 de novembro, deteve cinco pessoas: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa, que no final do interrogatório judicial foram colocados em liberdade.
No total, há nove arguidos na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines, entre eles o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.
Para o MP, podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.
António Costa é alvo de um inquérito no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos no processo terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios investigados, nomeadamente na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus.
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