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Seguro critica governos por olharem para o interior como um "um fardo"

Para o candidato a Belém, uma das razões do despovoamento no interior deve-se aos governos em Portugal que "têm tido uma visão muito centralista".

11 de novembro de 2025 às 15:40

O candidato a Presidente da República António José Seguro criticou esta terça-feira os sucessivos governos que não apostaram no interior do país e olham para essa região do país como "um fardo".

Numa visita a Bragança, António José Seguro disse ter noção das dificuldades do interior do país, quer em termos de acessibilidades, quer em termos de saúde e quer em termos de educação.

Para o candidato a Belém, uma das razões do despovoamento no interior deve-se aos governos em Portugal que "têm tido uma visão muito centralista".

"Foram raros os governos que olharam para o interior como um espaço de dinamismo e um contributo para o crescimento da economia do nosso país", criticou.

De acordo com António José Seguro, "não há um projeto nacional que envolva o interior e muita gente olha para o interior como um fardo". Mas "há oportunidades fantásticas" e "é na diversidade dos nossos territórios que encontramos contributos para que o país cresça de uma forma diversa e plural", defendeu.

Sobre uma hipotética alteração da lei eleitoral, dando mais representatividade a deputados do interior no parlamento e, consequentemente, mais voz ativa, Seguro salientou o que já se sabe, "a representatividade em Portugal é proporcional com o número de eleitores", o que significa que menos eleitores, menos deputados para representar uma determinada região.

Na sua opinião, este método "faz sentido" no atual sistema político. Ainda assim, entende que não devia comprometer uma estratégia e os investimentos que podem ser destinados ao interior do país.

"Mesmo com o atual sistema de Governo, há condições, se houver essa sensibilidade e essa prioridade de ajudar ao desenvolvimento do interior", disse.

Por outro lado, Seguro considerou que a inação dos governos nesta matéria contribuem para que os portugueses deixem de ter uma participação ativa. "Aquilo que esperam é que a política sirva para lhes encontrar soluções, para terem uma vida melhor. Se encontram, muitas das vezes, promessas e desilusões, promessas que não são cumpridas, naturalmente eles afastam-se", apontou, recomendando "menos promessas e mais ação".

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