Em causa está o acordo comercial entre a UE e os Estados Unidos, alcançado no domingo, que fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus.
O candidato presidencial António José Seguro considerou esta segunda-feira que a "Europa não pode estar continuamente a ceder" e que nas tarifas se evitou uma furacão, mas mantém-se uma tempestade com consequências negativas e um impacto ainda por avaliar.
"Um acordo introduz previsibilidade, mas tem um preço e aquilo que me parece é que o preço é demasiado elevado e com consequências que ainda não estão totalmente avaliadas. Agora, o Governo tem que agir no seio da União Europeia para que tenha uma política de competitividade que proteja as indústrias europeias e a indústria nacional", defendeu António José Seguro, em declarações aos jornalistas, sobre o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos que foi alcançado no domingo.
Segundo o candidato presidencial, "o facto de não haver furacão não quer dizer que não exista uma tempestade".
"E nós temos que acautelar as consequências dessa tempestade e, no caso português, há setores que vão ser altamente prejudicados com esse aumento de tarifas e temos de perguntar à União Europeia quais são os apoios que vão dar a estas indústrias para que elas não percam competitividade, para que elas ganhem competitividade", apelou.
Seguro defendeu que é preciso "olhar para os pormenores e não apenas para esta encenação que foi feita", destacando que este acordo foi feito "num espaço de férias do Presidente dos Estados Unidos".
"Se nós olharmos para estes dois momentos, que foi a última cimeira da Nato em que se aumentou em 5% de defesa e este acordo, parece que Trump dita as suas regras e que começa sempre por exigir muito para depois chegar ao valor que ele quer e que a Europa está continuamente a ceder", lamentou.
Para o candidato presidencial, "a Europa não pode estar continuamente a ceder".
Considerando que é preciso perceber em detalhe este acordo, Seguro afirmou que "a primeira é uma consequência negativa" uma vez que "a competitividade das empresas europeias, onde se incluem as portuguesas, vai diminuir porque os seus produtos vão chegar mais caros à América".
"O preço que se paga por fazer este acordo é um preço cujo impacto ainda não está totalmente visível, avaliado. E portanto nós precisamos de olhar para os pormenores desse acordo", insistiu, enfatizando que a parte positiva é que este acordo introduza alguma previsibilidade às empresas que negoceiem com os EUA.
Entre os exemplos, o candidato presidencial referiu que a União Europeia se comprometeu a comprar armamento aos Estados Unidos.
"Qual é esse armamento que vai ser comprado? Qual é a margem que fica para que possa haver investimento europeu em capacidades autónomas estratégicas, designadamente com tecnologias na área da defesa para nós podermos investir? Nós não podemos trocar armas dos Estados Unidos por empregos europeus ou por empregos portugueses", disse.
O acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, alcançado no domingo, fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus.
O acordo prevê também o compromisso da UE sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares (cerca de 642 mil milhões de euros) -- visando nomeadamente substituir o gás russo -, o investimento de 600 mil milhões adicionais (514 mil milhões de euros) e um aumento das aquisições de material militar.
Os EUA e os países da UE trocam diariamente cerca de 4,4 mil milhões de euros em bens e serviços.
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