Gang esvazia cofres de clientes em banco
Entraram pelas traseiras da CGD e invadiram a zona mais protegida do banco em Góis.
O assalto à zona mais protegida e restrita da dependência da Caixa Geral de Depósitos de Góis foi planeado de forma minuciosa e ao pormenor. É esta a convicção das autoridades que agora fazem a investigação.
Os assaltantes escolheram a noite de domingo para atacarem. Arrombaram a porta das traseiras do edifício, no centro da vila, e esvaziaram os cofres em que são guardados os valores mais significativos - quer dos clientes, quer do próprio banco -, que ainda não estão contabilizados.
Até chegarem a essa zona mais protegida, onde nem todos os funcionários têm acesso, arrombaram portas e com recurso a rebarbadoras cortaram o gradeamento de segurança, normalmente em ferro, chegando assim aos cofres. A situação foi detetada só na segunda-feira pelos funcionários que encontraram os cofres vazios.
Na noite do assalto, a GNR ainda se terá deslocado ao local após um alerta do sistema de videovigilância. Terão entrado na zona onde está instalada a caixa multibanco, mas nada detetaram.
O edifício é desabitado - nos pisos superiores funcionam serviços públicos como a conservatória -, o que terá facilitado a atuação dos assaltantes. Um dos moradores refere, no entanto, ter ouvido um barulho "muito esquisito" nas traseiras do edifício pelas 21h00. "Fez-me lembrar o derrapar dos pneus dos carros de rali", conta o habitante, mas não valorizou.
Um assalto desta natureza requer método, organização e um grande planeamento, levando assim as autoridades a suspeitar de que o crime tenha sido concretizado por profissionais.
PORMENORES
Assalto intriga
O assalto está a intrigar a população da vila. "É tudo muito estranho. Não estamos habituados a isto", refere Cassiano Alves, comerciante que, apesar de morar perto do banco, não se apercebeu.
Caixa fechada
Ontem, a dependência da Caixa Geral de Depósitos continuava encerrada ao público, o que estava a causar transtorno à população: "Dizem que assaltaram mas não vemos estragos cá fora."
Ladrões de fora
Na vila o furto é tema de todas as conversas. A população acredita que foi feito "por gente que sabia bem o que fazia". Abílio Sanches, morador, está convencido que os ladrões "vieram de fora".
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