Cão abatido a tiro provoca revolta

Animal foi morto depois de encontrar uma família protetora.

14 de janeiro de 2019 às 01:30
Cão morto a tiro em aldeia de Penacova Foto: Ricardo Almeida
Carla Silva e a mãe, Sabina Guimarães, acolhera cão na aldeia de Cerquedo, em Penacova Foto: Ricardo Almeida

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Kiko, um cão de caça com sete anos, era "pele e osso" quando foi encontrado na aldeia de Cerquedo, Penacova. Quando finalmente recuperou, foi abatido a tiro. A família protetora, que o batizou com esse nome, está destroçada, denunciou o caso à GNR e pede justiça.

"Era um animal que já tinha sofrido muito. Andou de terra em terra a ser escorraçado por todos, cheio de fome, e agora que tinha alguém para lhe dar carinho mataram-no", afirma, revoltada, Carla Silva, uma das protetoras.

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O cão foi alvejado no passado dia 5, depois de acompanhar a mãe de Carla à horta. "O animal seguiu em frente para uma propriedade onde estavam outros cães a ladrar. Depois apareceu a cambalear e morreu à minha frente", conta, visivelmente emocionada, Sabina Guimarães. A família alertou a GNR e o veterinário municipal, que recolheu o corpo para autópsia.

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Só depois se confirmou que o animal, de raça podengo, tinha chip e desaparecera há três meses quando andava com o dono à caça. Sabe-se agora que o seu verdadeiro nome era Fidalgo. António Melo, um caçador da zona da Mealhada, diz que o procurou "por todo o lado", sem o conseguir localizar. O proprietário do animal estranha ainda que se tenha afastado. Após ter sido informado da situação afirma ter ficado "naturalmente muito desgostoso".

O processo está no Ministério Público para investigação. Está também a ser acompanhado pela associação de proteção animal Condeixa Patudos.

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