Dois mortos e 43 feridos em acidente com comboio alfa em Soure

Vítimas mortais eram trabalhadores da máquina onde embateu composição da CP. Sete feridos em estado grave.

31 de julho de 2020 às 15:59
Acidente com Alfa pendular na Linha do Norte em Soure Foto: Ricardo Almeida / Correio da Manhã
Acidente com comboio alfa pendular na Linha do Norte em Soure Foto: Paulo Cunha / Lusa
Comboio embateu contra uma dresina de manutenção de via Foto: Direitos Reservados
Acidente com Alfa pendular na Linha do Norte em Soure
Acidente com Alfa pendular na Linha do Norte em Soure Foto: Direitos Reservados
Comboio embateu contra uma dresina de manutenção de via Foto: Direitos Reservados

1/6

Partilhar
1 / 8
FOTO: Lusa
Tragédia em Soure: as imagens do acidente com comboio alfa pendular
FOTO: Lusa
Tragédia em Soure: as imagens do acidente com comboio alfa pendular
FOTO: Lusa
Tragédia em Soure: as imagens do acidente com comboio alfa pendular
FOTO: Lusa
Tragédia em Soure: as imagens do acidente com comboio alfa pendular
FOTO: Lusa
Tragédia em Soure: as imagens do acidente com comboio alfa pendular
FOTO: Lusa
Tragédia em Soure: as imagens do acidente com comboio alfa pendular
FOTO: Lusa
Tragédia em Soure: as imagens do acidente com comboio alfa pendular
FOTO: Lusa
Tragédia em Soure: as imagens do acidente com comboio alfa pendular

Em informação prestada à agência Lusa pelas 20h10, o CDOS sinalizou a existência de 169 vítimas ilesas, além de dois mortos (os únicos ocupantes de uma máquina de trabalhos ferroviários da Infraestruturas de Portugal) e 43 feridos, sete dos quais graves, num total de 214 pessoas envolvidas no acidente ferroviário.

Pub

Já numa atualização de dados comunicada à Lusa às 21h00, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) indicou ter recebido 28 feridos, dois dos quais graves e outros dois muito graves.

Um dos casos mais graves (politraumatismo), que foi levado para o bloco operatório de emergência, é o maquinista do Alfa Pendular.

Pub

Dos 24 restantes feridos referidos pelo CHUC, todos ligeiros, 21 deram entrada nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC, onde também estão os quatro feridos graves) e os três restantes - uma menina de 6 anos, e uma rapariga e um rapaz de 16 anos - foram assistidos no Hospital Pediátrico.

Nas informações avançadas inicialmente, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil dava conta de 37 feridos e sete feridos graves.

Dois helicópteros do INEM foram acionados para o local para transportar vítimas em estado grave para o hospital. Pelas 18h50 eram 225 os operacionais no terreno, apoiados por 85 meios terrestres. 

Pub

O acidente aconteceu quando a composição rápida proveniente da estação de Santa Apolónia, Lisboa com destino a Porto e Braga embateu numa dresina de manutenção de via em circunstância ainda desconhecidas. 

As vítimas mortais são os dois operadores da máquina da REFER.

Dois meios aéreos foram acionados para o local para transportar vítimas em estado grave para o hospital. O comboio transportava 212 passageiros. e mais de 220 operacionais e 84 viaturas foram mobilizados para o local.

Pub

Pavilhão Gimnodesportivo de Soure transformado em centro de apoio

As vítimas ilesas foram encaminhadas para o Pavilhão Gimnodesportivo de Soure, onde foram alvo de triagem por parte do INEM, retomando a sua viagem em Alfarelos, assim que tiverem alta.

O espaço assistiu 180 passageiros que seguiam no comboio. Entre as vítimas, nove feridos foram transportadas para o Hospital Universitário de Coimbra, uma para o Hospital Distrital da Figueira da Foz. Entre os feridos encontrava-se ainda uma criança, entretanto transportada para o Hospital Pediátrico de Coimbra. 

Pub

"Temos também as nossas equipas de apoio psicológico a acompanhar as pessoas que estão no Pavilhão Gimnodesportivo", informou a médica do INEM à Agência Lusa, Paula Neto.

"A segurança ferroviária não está em causa", diz Ministro das Infraestruturas

O ministro das Infraestruturas e da Habitação afirmou esta sexta-feira que é preciso aprender com o que aconteceu no acidente em Soure, entre uma máquina de trabalhos e um Alfa Pendular, para diminuir os riscos de acidentes ferroviários.

Pub

"Acreditamos na ferrovia. Eu não diria que a ferrovia passa a ser um meio de transporte inseguro, mas não impede que os acidentes possam acontecer como este aconteceu. Mas temos de aprender com o que aconteceu para diminuir mais os riscos de acidentes na ferrovia", disse Pedro Nuno Santos, que falava aos jornalistas em Soure, próximo do local do acidente.

Pedro Nuno Santos apresentou as condolências às famílias dos dois trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), aproveitando ainda a ocasião para "dar um abraço de solidariedade a todos os trabalhadores da IP que fazem a manutenção da rede ferroviária numa base diária".

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar