Gang mudou de crime para tentar iludir a PJ
Fizeram seis assaltos armados a carrinhas de valores em cinco concelhos do Norte.
A Polícia Judiciária do Porto deteve oito homens, sete portugueses e um brasileiro, com idades entre os 30 e os 50 anos, presumíveis autores de seis assaltos a carrinhas de valores, em cinco concelhos do Norte do País, e dezenas de furtos de veículos que tinham como destino a falsificação para venda em África.
Esta estrutura criminosa estava operacional desde 2016. Dedicou-se, durante esse ano, a ataques armados - alguns com extrema violência e recurso a carjacking - a blindados que carregavam caixas ATM: a 13 de fevereiro, em Baguim do Monte, Gondomar; a 31 de março, em Rio Tinto, no mesmo concelho; a 15 de abril, em Felgueiras; a 20 de junho, em Lousada; a 23 de julho, em Fafe, e já em 2017, a 29 de janeiro, em Gulpilhares, Vila Nova de Gaia.
A questão é que, pouco depois, a PJ detém um grupo similar e com ligações a estes ladrões. Pelo que a estratégia do gang passou por se dedicar exclusivamente ao furto e viciação de veículos, crimes que não são competência direta da Judiciária.
Roubaram mais de 20 automóveis BMW e Mercedes, que depois viciavam e falsificavam, através de uma oficina em Espanha, e vendiam para África. No total, sacaram perto de meio milhão de euros.
O grupo fazia pausas entre os ataques, para estudo de alvos e gozo do lucro, voltando mais tarde à ação.
"A operação foi o culminar de uma série de assaltos no Norte feitos por um grupo organizado", confirmou Baptista Romão, diretor da PJ do Porto.
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