O tesoureiro de Santana
Tratava da contabilidade do antigo primeiro-ministro.
Gestor de empresas, Paulo Nuno Santana Lopes, de 57 anos, era sócio de José Veiga e foi também detido na Operação Rota do Atlântico da Polícia Judiciária. Ficou conhecido nos meios políticos e judiciais como o "tesoureiro" e "contabilista" do irmão Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e líder do PSD.
A sua ligação ao antigo empresário de jogadores José Veiga tem pelo menos 16 anos. Em 2009, comprou ao advogado António Pragal Colaço um crédito de 16 mil euros que este tinha da Superfute. Paulo Santana Lopes desistiu depois do pedido de falência que Colaço tinha pedido contra José Veiga.
E foi anos mais tarde que o nome de Paulo viria a ser relacionado nos jornais com o irmão político. As declarações de Pedro Santana Lopes ao Tribunal Constitucional de 1997 a 2001 não coincidiam com a sua declaração de IRS. Paulo saiu para defender o irmão, então presidente do PSD. Era Paulo quem tratava da contabilidade de Pedro, assegurou o próprio, e não conseguiu explicar o erro: " "só pode ter sido um engano", afirmou Paulo Santana Lopes.
O nome do gestor de empresas voltou a ser falado no processo Face Oculta, julgado em Aveiro. O sucateiro Manuel Godinho, de Ovar, passou um cheque a Paulo Santana Lopes e outros três, todos no total de 72 325 euros, a um "PSL", que Paulo voltou a assumir serem seus devido a uma relação comercial de ambos, entre 2001 e 2002, para o financiamento de uma fábrica de rebuçados.
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