"A minha mãe estava desesperada": Márcia chora ao ouvir filho a descrever morte de Valentina

Valentina, de nove anos, viveu as últimas horas de vida em agonia. O pai da menina, Sandro Bernardo, e a madrasta, Márcia, estão hoje no tribunal de Leiria. Márcia está a chorar desde que o julgamento começou.

17 de fevereiro de 2021 às 09:23
Márcia, madrasta de Valentina, à saída do tribunal Foto: Carlos Barroso
Sandro, pai de Valentina Foto: Rui Miguel Pedrosa / Lusa
Márcia chega ao tribunal de Leiria Foto: Rui Miguel Pedrosa / Lusa
Márcia, madrasta de Valentina, chega ao tribunal de Leiria Foto: Rui Miguel Pedrosa / Lusa
Sandro chega aoo tribunal para o julgamento sobre a morte de Valentina Foto: CMTV
Valentina , de 9 anos, foi assassinada pelo pai e pela madrasta na casa da família, em Atouguia da Baleia, Peniche Foto: Direitos Reservados

1/6

Partilhar

O julgamento de Sandro e Márcia, acusados de homicídio qualificado e de profanação de cadáver de Valentina, morta em maio com nove anos de idade, arrancou esta quarta-feira no Tribunal de Leiria com o casal de costas voltadas. Sandro mudou a versão dos factos e diz agora que foi Márcia quem bateu na menina e a deixou moribunda no sofá.

Garante que nada fez, que ainda tentou salvar a filha, mas teve medo de ser preso. Contou a nova versão ao irmão, numa carta enviada para a cadeia, depois de saber que em primeiro interrogatório judicial Márcia lhe tinha apontado o dedo: disse que tinha sido ele a espancar Valentina e que ela apenas não agiu porque teve medo do que poderia acontecer aos outros filhos.

Pub

O casal responde também pelo crime de abuso e simulação de sinais de perigo em coautoria, enquanto o pai da criança de nove anos está ainda acusado de um crime de violência doméstica, após acusação de Márcia. 

Sandro e Márcia explicaram o que aconteceu na manhã de 6 de maio do ano passado e o que tinha acontecido uma semana antes, quando Valentina foi espancada de tal forma violenta que as marcas ainda eram visíveis quando foi feita a autópsia. Inicialmente, Sandro confessou ter sido ele, mas Márcia reconheceu que sabia. Viu e ouviu os gritos da menina e nada fez para a acorrer.

Pub

O filho de Márcia, irmão de afeto da menina, 

foi esta quarta-feira ouvido no tribunal

foi esta quarta-feira ouvido no tribunal. "Passadas algumas horas ela não se mexia, e depois começou a espumar pela boca", ouviu-se na sala de audiências.

Pub

O processo envolve 26 testemunhas arroladas pelo Ministério Público sendo Sónia Fonseca, a mãe da criança, a primeira testemunha da defesa.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar