Presidente da Câmara de Espinho renuncia ao mandato após detenção por suspeitas de corrupção

Em causa estão licenciamentos feitos desde 2018 e a suspeita de ligações ilícitas.

12 de janeiro de 2023 às 13:46
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O presidente da Câmara Municipal de Espinho, Miguel Reis, renunciou esta quinta-feira ao mandato.

Miguel Reis foi detido, na terça-feira, pela Polícia Judiciária, no âmbito da Operação Vórtex, por suspeitas de corrupção ativa e participação económica em negócio.

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"Na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex, tomei, de livre e espontânea vontade, a decisão de renunciar, com efeitos imediatos, ao mandato para o qual fui eleito na Câmara Municipal de Espinho e, consequentemente, nas instituições onde, por inerência de funções, representava a autarquia. Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista", refere o comunicado enviado por Miguel Reis à Lusa.

Na mesma operação foram ainda detidos um funcionário da autarquia e três empresários. Joaquim Pinto Moreira, anterior presidente da Câmara de Espinho e atual vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, também é visado nesta operação.

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Em causa estão licenciamentos feitos desde 2018 e a suspeita de ligações ilícitas entre um gabinete de arquitetura, um arquiteto e a própria Câmara de Espinho.

Conforme noticia o CM esta quinta-feira, foram várias as vigilâncias feitas pelos elementos da Polícia Judiciária do Porto, que fotografaram encontros de Miguel Reis com empresários do concelho, e que levaram as autoridades a sustentar que houve entregas de dinheiro vivo para pagamentos de atos de corrupção.

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