Tiro de caçadeira deixa águia-cobreira ferida em Olhão

Ave de rapina tinha três projéteis alojados no corpo. Durante a cirurgia só foi possível retirar um.

21 de agosto de 2020 às 08:10
Ave de rapina foi operada a uma asa e está a ser tratada no Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens Foto: Direitos Reservados
Projéteis ficaram alojados no corpo Foto: Direitos Reservados

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Uma águia-cobreira que foi atingida a tiro de caçadeira está atualmente a recuperar no Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens - RIAS, em Olhão.

A ave de rapina deu entrada no RIAS no passado domingo, tendo, durante o exame físico, sido detetada uma fratura no rádio direito. "Suspeitando-se de tiro, a equipa veterinária decidiu realizar um exame radiológico, em que se confirmaram as suspeitas. Foram identificados três projéteis de caçadeira: na cabeça, ombro direito e costado esquerdo, e restos de um quarto projétil no foco da fratura", revelou o centro, que esclareceu ter sido possível "retirar um dos projéteis". Contudo, "os restantes não puderam ser extraídos por questões médicas", referiu.

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Foi colocada uma ligadura na asa e a águia foi transferida para uma câmara de recuperação interior, onde é vigiada.

A águia-cobreira é uma espécie com estatuto de conservação ‘quase ameaçada’ em Portugal. É protegida por diversos decretos de lei, pelo que o seu abate é punível por lei. Além da caça, é ainda ameaçada pela "redução da área de pinhal e aumento de monoculturas, que levam à diminuição da área de nidificação e redução de presas", bem como pela "eletrocussão" em linhas elétricas.

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