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Dez animais foram alvo de tentativa de abate no Algarve

Deram entrada no Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens este ano.

19 de junho de 2019 às 09:03

Desde o início do ano, deram entrada no Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens (RIAS), em Olhão, "10 animais vítimas de tentativa de abate", revelou esta terça-feira o centro. Destes dois foram entretanto devolvidos à natureza totalmente recuperados, três ainda estão no centro enquanto que os restantes cinco morreram.

Os casos de maior sucesso foram uma cegonha, que tinha sido encontrada com 10 chumbos no corpo, e um falcão peregrino, atingido numa asa. Quanto às aves ainda em recuperação, tratam-se de três gaivotas, adianta o RIAS, que não especifica quais as espécies dos cinco animais que morreram em resultado de ferimentos sofridos.

"Para além destes casos, ingressou também uma gaivota já sem vida, cujas narinas estavam cobertas por uma ligadura", adianta o centro, explicando que a intenção seria "evitar que a gaivota abrisse o bico e magoasse alguém, mas esta medida comprometeu as vias respiratórias da ave, impedindo-a de respirar".

Conforme o CM noticiou, o número de animais que este ano já deram entrada no RIAS, até 13 de junho, quase duplicou, em comparação com o mesmo período dos dois anos anteriores. No total foram recebidos pelo centro 970 animais - mais 414 do que em 2018, e mais 404 do que em 2017.

O RIAS tem apelado a quem queira ajudar a instituição que o pode fazer "na forma de apadrinhamento, donativo ou fornecendo material necessário ao dia a dia, como detergentes e ração seca de gato e cão".

PORMENORES

Cegonha

A cegonha branca com 10 chumbos de caçadeira no corpo chegou ao RIAS a 12 de abril. Foi devolvida à natureza, no início do mês, recuperada. Tinha um ovo, parcialmente afetado, que foi expulso.

Falcão

O falcão peregrino deu entrada no centro em março, atingido numa asa. Também foi recuperado e libertado. Tal como a cegonha branca, a espécie é protegida, contra as quais é proibido disparar.

Aumento

Em todo o ano de 2018 o RIAS tinha recebido oito animais atingidos a tiro. Este ano, com os 10 já registados, esse número está largamente ultrapassado, apenas nos primeiros seis meses.

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