Arguidos negam restantes crimes de maus-tratos.
Por se ter recusado a cantar na festa de Natal, em 2011, e por não querer ajudar na montagem do palco, um dos menores internado no Centro Juvenil de Campanhã, em Vila do Conde, garante que foi punido com um corte de cabelo forçado. Esta é apenas uma das muitas acusações que fazem parte do processo que tem como arguidos seis funcionários do lar, assim como o presidente e a diretora – que estão a ser julgados no Tribunal de Matosinhos.
"Disseram-me que ele estava a perturbar os que preparavam a festa. Como tinha o cabelo muito grande, e estava a precisar de ser cortado, achei ser o momento oportuno", referiu ontem Conceição Martins, diretora-geral do centro. "Disse para alguém lhe espontar o cabelo, mas, quando cheguei à beira do educador social, ele tinha usado a máquina e rapou-lhe a cabeça de lado", frisou.
A diretora está ainda acusada de ter esbofeteado um jovem até sangrar e ter impedido que os menores comessem a ceia. Responde também por obrigá-los a cavar valas num terreno e de lhes ter dado alimentos fora do prazo de validade. Negou tudo.
Na sessão, foram ainda ouvidos o presidente e um educador social. "Tínhamos medo deles. Eram muito violentos e delinquentes. Eles é que nos batiam", referiu Carlos Oliveira, educador social.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.