Depósitos para onde foi o armamento furtado de Tancos recebem reforço para que assalto não se repita.
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O Exército vai gastar 670 mil euros em duas empreitadas de recuperação da vedação periférica dos paióis de Santa Margarida e na construção de torres de vigia junto dos mesmos. Segundo adianta ao CM fonte oficial do Exército, a este investimento nas infraestruturas físicas - com contratos assinados nas últimas semanas - serão acrescentados outros no âmbito do Sistema Integrado de Controlo de Acessos e Vigilância Electrónica (SICAVE), cujo valor não está ainda definido.
Recorde-se que para os paióis nacionais de Santa Margarida - geridos pelo Exército - foi transferida parte da carga (material de guerra) de Tancos, instalações que foram encerradas após o furto em junho passado - e em que foram levados explosivos, granadas, munições e lança-rockets, entre outro material, entretanto recuperado.
A investigação judicial ao crime continua sem arguidos. Está a cargo da Unidade Nacional Contraterrorismo da PJ e da Polícia Judiciária Militar, numa relação coordenada pelo Ministério Público e que teve os seus momentos de desentendimento entre os dois órgãos de polícia criminal, tutelados pelos ministérios da Justiça e da Defesa, respetivamente.
O Exército, assegura ao CM, "continuará a colaborar com a PJ e PJ Militar sempre que solicitado". Há mesmo incómodo com interpretações públicas às declarações que o general Rovisco Duarte, chefe do Estado- -Maior do Exército, proferiu dia 19 - que "o furto de material de guerra em Tancos é um assunto encerrado". "Referia-se ao que havia para ser feito de imediato e que foi conseguido: encerramento dos paióis de Tancos por falta de condições de segurança e conclusão dos processos disciplinares", explica a fonte.
"Encerrámos os quatro processos disciplinares internos, que são obviamente independentes da investigação judicial, mas poderemos avançar com outros, caso nos cheguem novos dados, quer por via da Justiça ou internamente", garante.
As obras que arrancam brevemente em Santa Margarida visam "aumentar a segurança", para debelar fragilidades identificadas na inspeção a todos os paióis, incluindo os da Marinha e Força Aérea, que também receberam material de Tancos.
Esquadras de transporte da Força Aérea podem ser deslocalizadas para Tancos
Em Tancos encontram-se várias unidades do Exército, entre elas a Escola de Paraquedistas, o Regimento de Engenharia 1 e o comando da Brigada de Reação Rápida. Deve vir a receber também as esquadras de transporte aéreo da Força Aérea, que têm de ser relocalizadas quando a base do Montijo passar a aeroporto civil, como é intenção do Governo. As mesmas deverão reocupar o aeródromo militar de Tancos, que foi uma base da Força Aérea até 1993. Será ainda fundamental na missão da FAP de gestão dos meios e combate aéreo aos incêndios florestais.
Ladrões arrombaram vedações velhas
Os ladrões de Tancos fizeram um buraco nas redes velhas (já havia verba para o arranjo). Carregaram centenas de quilos de material até ao exterior. A ronda falhou 20 horas. O material - a lista foi divulgada em primeira mão pelo CM - foi encontrado em outubro, num descampado na Chamusca, após aviso anónimo.
PORMENORES
Castigo de 15 dias
O Exército puniu um sargento do Regimento de Engenharia 1 com a pena de proibição de saída do quartel durante 15 dias, por ter sido provado que "não mandou fazer as rondas [aos paióis de Tancos] como estava previsto na norma de execução permanente". Homem não recorreu.
Oficial repreendido
Um oficial que estava de serviço no dia do furto, "e que podia ter ele próprio feito a ronda e não o fez", foi punido com uma "repreensão agravada". Um praça, por "incitamento à prestação de falsas declarações", já cumpriu seis dias de proibição de saída do quartel.
Falhas no controlo
O militar responsável pelo controlo de entradas e saídas das cargas (material) dos paióis de Tancos foi punido com "repreensão simples" por ter feito mal o registo, o que ficou provado ao ter sido recuperada uma caixa de granadas que não se sabia ter sido furtada.
Exonerados e admitidos
Os cinco comandantes das unidades que se revezavam na guarda aos paióis de Tancos foram exonerados nos dias seguintes. Acabaram readmitidos, mas dois generais saíram em choque com Rovisco Duarte por causa da decisão inicial.
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