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Artigo exclusivo

Raio-x revela sete telemóveis dentro de reclusos na cadeia de Beja

Exame no hospital mostra objetos no intestino de três detidos, após transferência entre prisões.

30 de julho de 2020 às 01:30

A situação, ocorrida na manhã de terça-feira, causou alguma tensão entre os responsáveis da cadeia. Sabe o CM que, quando os reclusos entraram na cadeia de Beja, o comissário da prisão deu ordens para que os três seguissem diretamente para a ala onde iriam ficar detidos. Tinham regressado de uma precária e já tinham cumprido o período de isolamento em Pinheiro da Cruz. No entanto, de acordo com o relato feito ao CM, essa ordem foi contestada pelos guardas de serviço na cadeia de Beja, tendo o chefe dos guardas prisionais exigido que o trio fosse levado ao hospital, o que veio a acontecer. O grupo acabou por regressar à prisão, onde foi colocado em isolamento.

Os telefones apreendidos terão entrado na cadeia de Pinheiro da Cruz e os três detidos terão servido como ‘mulas’ no esquema. Questionada pelo CM, a Direção-Geral dos Serviços Prisionais apenas respondeu “estar atenta às condições de segurança em cada Estabelecimento Prisional, nada mais tendo a declarar por ora”.

Pormenores

Seis casos de Covid-19

Seis reclusos que regressaram à cadeia de Pinheiro da Cruz, após uma saída precária, deram positivo à Covid-19, mas foram colocados junto de outros 90 reclusos antes de se saber do resultado. Quatro dos infetados já estão no hospital-prisão de Caxias. A DGRSP não esclarece que medidas tomou.

Isolamento obrigatório

Todos os reclusos que entram nas 49 cadeias portuguesas são atualmente colocados durante duas semanas em isolamento. A medida visa eliminar a hipótese de contágio entre a população prisional.

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