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Espanca a mulher no Porto por fantasiar traição

Arguido criou obsessão de que a vítima o traía com o seu irmão e agredia-a para confessar. Foi obrigada a ver filmes pornográficos entre ‘cunhados’.

30 de agosto de 2020 às 01:30

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Homem de 42 anos vais ser julgado por cinco crimes
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A mulher era constantemente ameaçada. “Vou-te deixar numa cadeira de rodas”; “Vou-te matar” e “Vou-te espetar uma barra de ferro para não teres relações com mais ninguém” eram as frases que o arguido lhe dirigia.

A 20 de janeiro o arguido acabou detido e presente a um juiz. Foi obrigado a deixar a casa em que viviam, no Porto, e proibido de contactar com a vítima e os filhos. Mas não cumpriu a medida de coação e continuou a atormentá-los.

Os três filhos do casal - de 14, 12 e nove anos - testemunharam as agressões e foram também eles vítimas do pai, que os insultava e humilhava frequentemente. O arguido está agora em prisão preventiva, na cadeia de Custoias, em Matosinhos e foi acusado pelo Ministério Público de cinco crimes de violência doméstica. Vai ser julgado no Tribunal de S. João Novo, no Porto.

pormenores

Obrigada a comprar droga

A 15 de janeiro exigiu à vítima que ela lhe fosse comprar cocaína, substância da qual era dependente. A mesma acedeu por temer pela sua vida.

Forçada a coçar-lhe costas

Numa situação, revelando desprezo pelo terror da vítima, o arguido puxou-lhe os cabelos e forçou-a a coçar-lhe as costas.

Espancada com murro

A vítima chegou a ser espancada com um murro por estar a manusear o telemóvel.

“Se não me dizes a verdade, estrago a minha vida”

Após lhe ser aplicada a medida de coação, e apesar de estar proibido de contactar a mulher, o arguido passou a ligar regularmente à ofendida dizendo que estava arrependido, mas continuava a exigir-lhe saber da traição dela com o seu irmão. “Se não me disseres a verdade, vou aí e estrago a minha vida”, dizia-lhe.

Teve duas amantes e também as agrediu

O processo refere que o arguido manteve duas relações extraconjugais durante o casamento com a vítima, celebrado em 2007. As duas mulheres também apresentaram queixa, em novembro de 2010 e dezembro de 2011, por violência doméstica.

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