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Artigo exclusivo

Silêncio do ‘dux’ sobre tragédia do Meco pode custar-lhe 1,3 milhões de euros

Arranca esta terça-feira julgamento da morte de seis estudantes na praia do Meco, em 2013.

13 de abril de 2021 às 01:30

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João Miguel Gouveia era o ‘Dux’
João Miguel Gouveia era o ‘Dux’ Direitos Reservados
Catarina Soares, 22 anos
Catarina Soares, 22 anos Direitos Reservados
Andreia Revéz, 21 anos
Andreia Revéz, 21 anos Direitos Reservados
Joana Barroso, 22 anos
Joana Barroso, 22 anos Direitos Reservados
Tiago A. Campos, 21 anos
Tiago A. Campos, 21 anos Direitos Reservados
Carina Sanchez, 23 anos
Carina Sanchez, 23 anos Direitos Reservados
Pedro Tito Negrão, 24 anos
Pedro Tito Negrão, 24 anos Direitos Reservados
Familiares das vítimas mortais do Meco avançaram com processo
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Arranca terça-feira, no Tribunal de Setúbal, o processo cível em que os pais exigem mais 1,3 milhões ao sobrevivente e à Universidade Lusófona. Mas João Miguel Gouveia ainda não teve qualquer intervenção no processo nem arrolou testemunhas, algo que está a causar estranheza à defesa dos pais.

“Na primeira sessão vai ser ouvido João Miguel Gouveia, se entender comparecer. Estamos à espera que ele pela primeira vez se dirija a tribunal até porque, sendo um processo cível, se não falar o tribunal pode entender que concorda com tudo o que está nas seis ações, ou seja, com o que os pais acreditam que aconteceu”, disse ao CM Vítor Parente Ribeiro, advogado das seis famílias. Os pais dos jovens sustentam a tese de que foi o sobrevivente quem ordenou às seis vítimas que fossem para a linha de água, de costas para o mar. Enquanto isso, João Gouveia “manteve-se mais recuado de frente para as vítimas, tendo perfeita noção do mar”.

Vão ainda ser ouvidos os pais das vítimas e depois os elementos da Comissão Oficial de Praxes Académicas e da Universidade Lusófona.

Os pais não conseguem superar a dor. “Ainda hoje não acredito que isto aconteceu. E penso tantas vezes se ela antes de morrer pensou ou chamou por mim”, lamenta Fernanda Cristóvão, mãe de Catarina. O pai, António Soares, garante que dava a vida para poder ouvir a voz da filha. “Vamos sobrevivendo. As coisas da rotina diária tornam-se em memórias. Por exemplo, quando estamos a almoçar e jantar olhamos para a mesa e sabemos que falta ali um lugar”, descrevem. Esta terça-feira vão estar no tribunal.

pormenores

Tribunal Europeu

Recentemente o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos deu razão aos pais das vítimas do Meco e condenou o Estado português a pagar-lhes pelos erros na investigação do caso logo desde o início, quando se soube do desaparecimento dos jovens no mar.

Condições do mar

O processo cível, a que o CM teve acesso, descreve que os “jovens chegaram à praia do Meco por volta da meia-noite. As condições do mar eram visíveis e audíveis muito antes de se entrar na zona da praia. O barulho da rebentação das ondas ouvia-se a centenas de metros.”

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