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MP pede pena máxima para jovem de 17 anos que matou tios adotivos em Santiago do Cacém

Procuradora do MP diz que Lourenço demonstra "traços moderados de psicopatia".

28 de abril de 2021 às 15:43
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MP pede pena máxima para jovem de 17 anos que matou tios adotivos em Santiago do Cacém

O Ministério Público pediu, esta quarta-feira, pena máxima para Lourenço Fernandes, de 17 anos, que matou os tios adotivos em Santiago do Cacém.

O MP deixou cair crimes de profanação de cadáver por não ser possível provar que o arguido sabia que as vítimas estavam mortas quando continuou a tortura. Pede ainda a absolvição pelos dois crimes de profanação de cadáver e pede condenação por dois crimes de homicídio qualificado e um crime de condução sem habilitação legal.

A procuradora do Ministério Público disse que "o arguido demonstra traços moderados de psicopatia". O MP pediu 20 meses de prisão efetiva por condução sem habilitação legal, 20 anos por cada crime de homicídio qualificado, num cúmulo jurídico de 25 anos.

Recorde-se que Lourenço Fernandes, de 17 anos, degolou os tios, mutilou os cadáveres e ainda guardou vários troféus do crime macabro.  

A descrição da Polícia Judiciária de Setúbal, que investigou o crime, não deixa dúvidas sobre a brutalidade do mesmo. Lourenço estava zangado com os tios adotivos porque não o deixavam entrar na casa, após lhes ter roubado o carro - Guilherme Santos tinha 74 anos e Eduarda Graça 83 -, e forçou uma conversa com eles.

Apenas Eduarda estava em casa, quando a discussão azedou. A mulher disse-lhe que era um inútil como o seu pai e Lourenço garante que perdeu a cabeça. Deu várias pancadas na cabeça da tia e, quando aquela já estava no chão, desferiu-lhe duas facadas nas costas. Inanimada, Eduarda foi ainda atingida com um golpe no tronco e três no pescoço. Foi degolada. Depois, Lourenço mutilou-lhe os olhos, só parando quando o tio entrou na casa.

Embora percebesse que a mulher estava morta, Guilherme ainda tentou travar a agressão. Nada pôde fazer para parar a violência. Foi atingido com uma facada na barriga, três na cara, duas nas costas e ainda nas pernas e no joelho. Nos últimos golpes, já estava morto.

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