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Prisão preventiva para suspeito de ameaçar de morte Marcelo Rebelo de Sousa

Detido vai ficar no Hospital Prisão de Caxias.

25 de janeiro de 2023 às 17:16
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Prisão preventiva para suspeito de ameaçar de morte Marcelo Rebelo de Sousa

O homem que ameaçou de morte o Presidente da República foi ouvido esta quarta-feira em tribunal e a medida de coação aplicada foi a de prisão preventiva. O detido vai ficar no Hospital Prisão de Caxias onde terá de realizar exames para aferir da sua sanidade mental.

O antigo oficial do exército foi detido na terça-feira depois de ter planeado um atentado contra Marcelo Rebelo de Sousa. O suspeito enviou uma carta com uma bala ao Presidente e exigiu um milhão de euros para não o matar. No envelope seguia ainda um telemóvel e uma ameaça escrita - com um número de uma conta bancária.O detido, que já era conhecido das autoridades por agressões contra várias pessoas, tem também cadastro por crimes de extorsão e crimes informáticos, tendo já cumprido pena relativamente a crimes de extorsão.

O envelope com a carta e a bala foram remetidos para a Unidade de Contraterrorismo da PJ e sujeitas a perícias no Laboratório de Polícia Científica.

À saída do tribunal, no Campus de Justiça, Lisboa, Nuno Rodrigues Nunes, advogado de defesa, considerou a decisão do JIC "perfeitamente adequada" e "equilibrada", tanto mais que, em sua opinião, este "não é um caso de polícia, mas sim de saúde mental, que tem de ser tratado".

"Esta foi a melhor decisão", comentou o advogado, precisando que o tribunal enviou o seu constituinte para o Hospital Prisional de Caxias "para fazer mais exames" e "depois ver qual a medida de coação mais adequada", tendo em conta o relatório hospitalar, bem como aquele que será elaborado pela psiquiatra que segue clinicamente o arguido.

Em resposta aos jornalistas, Nuno Rodrigues Nunes disse ter a expectativa de que o seu constituinte seja declarado inimputável.

O advogado adiantou que o arguido se encontra "estável", segundo a indicação que tem recebido da mulher do suspeito.

Num comunicado divulgado ao final da manhã de terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) esclareceu que o detido é "suspeito da prática dos crimes de coação agravada, de extorsão na forma tentada e de detenção de arma proibida", tendo por base factos ocorridos em 26 de outubro de 2022 e que estavam também a ser investigados pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

"Uma aturada investigação por parte da Unidade Nacional Contra Terrorismo permitiu chegar à identificação do presumível autor da prática dos mencionados crimes, tendo nesta data sido realizada uma busca à residência deste, e a apreensão de vários elementos de prova", referia a nota da PJ, que realça os "vastos antecedentes criminais" do suspeito.

Em novembro passado, Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou a situação, destacando ter recebido mais "ameaças" quando tinha um programa de televisão na RTP e na TVI do que em Belém.

"Quem anda nesta vida, e eu já ando há 30 anos, tem disto, enfim, às dezenas. Acontece. Eu não dou grande importância", disse, então, à CMTV

O Presidente da República referiu que este tipo de situações acontece espaçadamente, nunca se tendo confirmado qualquer gravidade.

"Isto acontece espaçadamente, nunca se veio a confirmar qualquer gravidade da situação. Normalmente há o caso da perturbação ou nem é possível investigar o que se trata porque são cartas anónimas e, portanto, aqui também não porque estava fora. Estando fora, os serviços entenderam comunicar à Policia Judiciária", afirmou o Chefe de Estado.

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