Albufeira e Loulé foram as zonas mais afetadas pelo temporal.
Mau tempo provoca inundações no Algarve
Francisco Navio ia reunir toda a família esta quarta-feira para comemorar os 80 anos de idade. No domingo, decidiu ir às compras e pediu ao filho o Smart emprestado. Já não regressou a casa, em Boliqueime, Loulé. Foi arrastado dentro do carro pela água de uma ribeira na zona da Cerca da Areia. O corpo foi encontrado esta segunda-feira pela GNR a cerca de 100 metros do local onde foi localizado o carro.
O idoso, de 79 anos, era natural de Vila Nova de Famalicão. Estava a residir na região do Algarve há mais de 20 anos. Os familiares avisaram as autoridades de que Francisco estava incontactável domingo ao final do dia, depois de ter saído para fazer compras de manhã. O carro foi encontrado na estrada que liga a discoteca Kadoc à EN125 e logo de imediato as autoridades suspeitaram que pudesse ter sido arrastado pela enxurrada. A viatura foi puxada pela água para dentro de um ribeiro, tendo mais tarde sido encontrada submersa, com os vidros partidos e as chaves na ignição.
Esta segunda-feira, por volta das 09h00, as buscas foram retomadas na zona de Boliqueime com a ajuda de uma equipa de mergulhadores e de cães de busca e salvamento da GNR, que conseguiram localizar o corpo 30 minutos depois. Os sinais recolhidos pela GNR na viatura apontam para que o idoso tenha sido "surpreendido pela força da água", explicou ao CM o major Paulo Santos, da GNR de Loulé. A mulher, Fátima Navio, e os restantes familiares, estavam esta segunda-feira devastados após receberem a notícia a dois dias de Francisco completar 80 anos.
Bombeiros resgatam pessoas em Albufeira
Críticas à Proteção Civil
A atuação da Proteção Civil foi esta segunda-feira criticada pela Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil, por não ter alterado domingo o estado de ‘Alerta Especial Azul’ no Algarve, pois estava sob ‘Aviso Vermelho’. "Devia ter emitido um alerta vermelho, que implica uma série de ações prévias, de prontidão, de pré-posicionamento. Devia ter convocado mais bombeiros e agentes de proteção civil", defende Ricardo Ribeiro, da associação. Miguel Cruz, adjunto de operações nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil, recusa a acusação e justifica: "Não se registaram situações que obrigassem a mais meios e recursos além dos existentes no distrito de Faro".
Dezenas de peritos avaliam os prejuízos
Pelo menos 40 peritos de várias companhias de seguros estão no Algarve a contabilizar os prejuízos sofridos pelo temporal ocorrido no domingo. O presidente da Câmara de Albufeira, Carlos Silva e Sousa, afirmou que os danos causados somam "largos milhares de euros".
Segundo apurou o CM junto da Câmara Nacional dos Peritos Reguladores, o Governo tem, a partir de agora, um prazo de 10 semanas para apresentar um relatório final sobre os prejuízos se quiser beneficiar do Fundo Europeu de Solidariedade de Bruxelas, sem necessidade de decretar o "estado de calamidade". Esta ajuda contempla todos os danos sofridos, estejam eles, ou não, protegidos por apólices de seguro.
Contactada a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), fonte daquela entidade disse ao CM "que cada companhia tem os seus peritos no terreno e cada pessoa deve acionar imediatamente os seus seguros". A APS irá centralizar toda a informação recolhida para iniciar o pagamento das respetivas indemnizações.
Os peritos alertam para o facto de a existência de um seguro não ser sinónimo de pagamento. "É preciso saber se existe a cobertura contra inundações", afirmou um perito ao CM, e mesmo existindo essa cobertura, há exclusões importantes, por exemplo, os danos causados em muros não estão cobertos.
As seguradoras e o Governo discutem há mais de 10 anos a constituição de um de Fundo de Catástrofes, que poderia ser acionado nestes casos, mas nunca chegaram a acordo para a sua implementação.
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