Doze portugueses morreram num acidente em Moulins.
O ambiente é "triste e de choque" na cidade francesa de Moulins para onde foram transferidas as 12 vítimas mortais do acidente que ocorreu quinta-feira à noite perto de Lyon.
"O ambiente é triste e de choque. Estão a chegar os familiares e está-se a tentar recebê-los da melhor maneira possível que é a única coisa que podemos fazer", disse à Lusa Manuel Cardia Lima, conselheiro das comunidades portuguesas na área consular de Lyon, que se encontra no hospital de Moulins.
Manuel Cardia Lima acrescentou que tanto a comunidade portuguesa quanto os franceses ficaram "chocados com o acidente" na "estrada perigosa conhecida como a estrada da morte", sublinhando que um grupo de portugueses está no local para ajudar os familiares.
"Aqui no hospital há um conjunto de portugueses numa sala reservada para dar acolhimento, traduzir, dar apoio às pessoas e ajudar a procurar alojamento para hoje à noite", testemunhou, acrescentando que "as famílias estavam a chorar e deslocam-se dificilmente" porque "estão em estado de choque".
O conselheiro das comunidades portuguesas acrescentou que o capelão da comunidade portuguesa de Lyon fez uma "pequena cerimónia e benzeu os corpos".
A Cônsul-Geral de Portugal em Lyon, Maria de Fátima Mendes, também passou o dia em contacto com as autoridades francesas e está no hospital para receber as famílias das vítimas.
"Estou muito triste e chocada. As autoridades portuguesas estão a fazer o seu papel e as autoridades francesas a trabalhar muito bem. Têm uma belíssima organização de apoio", disse a cônsul à Lusa.
Christine Pires Beaune, presidente do Grupo de Amizade França-Portugal na assembleia francesa, também se deslocou à localidade de Montbeugny - onde foi instalada a câmara ardente numa primeira fase - e depois ao hospital de Moulins.
"Quando somos pais e vemos 12 vidas perdidas, há uma grande tristeza e muita emoção. O ambiente era pesado e triste", descreveu à Lusa a também deputada.
O cônsul honorário de Clermont-Ferrand, Isidoro Fartaria, também esteve no local e espera poder "organizar uma missa com a comunidade portuguesa em Clermont-Ferrand" em memória das vítimas do acidente na "estrada da morte".
"Esta é a estrada da morte em França e a comunidade portuguesa, que vem da Suíça e atravessa a França, para não pagar a autoestrada passa por esta estrada que é muito perigosa. Às vezes por 50 euros podemos perder a nossa vida", lamentou.
Os 12 portugueses, com idades entre os 7 e os 63 anos, morreram na sequência de um choque frontal entre a carrinha em que seguiam e um veículo pesado, cerca das 23:45 de quinta-feira, na estrada nacional 79, perto de Lyon, na localidade de Moulins.
O único sobrevivente dos 13 passageiros da carrinha é o condutor, um jovem de 19 anos, também português, que está em estado de choque.
O procurador público de Moulins anunciou que as autoridades vão averiguar se a carrinha, com capacidade até seis passageiros segunda a marca, tinha condições para transportar 13 pessoas.
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