Vigilantes da natureza encontraram várias aves presas.
Vigilantes da natureza do Parque Natural da Ria Formosa apreenderam, no âmbito de uma ação de vigilância desencadeada na zona da ilha de Faro, seis armadilhas ilegais destinadas à captura de pássaros.
A apreensão foi feita nos últimos dias na zona da Ria Formosa. "Foram ainda libertados dois piscos-de-peito-ruivo, tendo sido instaurado um processo de contraordenação contra desconhecidos", revelou ontem ao CM Francisco Abreu, presidente da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza. As armadilhas, conhecidas por esparrelas, costelas ou loisas, são construídas, segundo o dirigente, "com arame e nelas é colocado um isco, geralmente formigas de asas". As aves capturadas destinam-se "a fins gastronómicos", refere a mesma associação, que sublinha ser "a captura de aves silvestres não cinegéticas, para cativeiro ou consumo, uma prática ilegal".
Os distritos de Faro, Porto e Lisboa são aqueles onde se registam mais capturas e abates ilegais. A região algarvia, segundo a mesma associação, destaca-se pela "captura de pássaros para o petisco, em que o pisco-de-peito-ruivo e a toutinegra-de-barrete-preto são os que acabam mais frequentemente na frigideira".
Ainda segundo os vigilantes da natureza, "o decréscimo acentuado das espécies mais atingidas por este tipo de ações ilegais pode levar ao aumento significativo de pragas de insetos". Isto porque, explica, "os pássaros mais capturados são excelentes controladores naturais de pragas" e a sua perda "torna a biodiversidade mais pobre".
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