Tânia Laranjo
JornalistaArrancou na manhã desta quarta-feira o julgamento do caso E-toupeira, no Tribunal de Lisboa, depois de vários adiamentos.
Um dos principais arguidos é Paulo Gonçalves, braço direito do ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira. Também dois antigos funcionários judiciais estão sentados no banco dos réus.
Esta manhã vão ser inquiridos os arguidos. Vão ser ouvidas sete testemunhas: uma procuradora da República, cujas credenciais foram usadas por um funcionário judicial para entrar no sistema informático e aceder aos processos judiciais que diziam respeito ao Benfica.
A acusação do MP refere que essa informação era passada a Paulo Gonçalves, que monitorizava o trabalho das autoridades e geria a informação em benefício da Benfica SAD, que chegou a ser acusada, mas não passou no crivo da instrução. A Juíza disse que, não tendo sido acusado nenhum responsável da administração da SAD, não era possível imputar-lhe o crime, até porque Paulo Gonçalves era apenas funcionário do gabinete jurídico.
O úlltimo adiamento deveu-se à recusa dos juízes após um requerimento da defesa de Júlio Loureiro, ex-observador de árbitros e outro dos arguidos no processo, que pedia que o julgamento decorresse em Guimarães.
Júlio Loureiro queria ser julgado em separado mas juíza recusou
A juíza do processo E-Toupeira começou por recusar o pedido de Júlio Loureiro no julgamento desta quarta-feira.
O funcionário judicial pretendia ser julgado em separado.
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Paulo Gonçalves e José Augusto não querem falar
Os arguidos foram dispensados das próximas sessões - agendadas para todas as quartas-feiras, até início do mês de novembro - caso assim queiram. Paulo Gonçalves disse que é advogado e não quer falar, tal como José Augusto.
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"Acusação é pura fantasia": Júlio Loureiro presta declarações
Ao contrário dos outros dois arguidos, Júlio Loureiro fala em tribunal.
O funcionário judicial diz que conhece José Augusto desde os anos 90. Começou a relacionar-se com Paulo Gonçalves num jogo da Madeira, onde era observador de árbitros. Assume também ser adepto do Benfica.
Quando conheceu Paulo Gonçalves, este trabalhava no Gabinete jurídico dos encarnados.
"De vez em quando falávamos, trocávamos mensagens, sempre sobre futebol", disse o arguido. "Começou depois a frequentar o restaurante da minha esposa e até lhe oferecia umas coisas", contou, dando o exemplo de "caixas de vinho".
"Considerava-o um amigo", acrescentou.
"Cheguei a ver jogos, estava lá o Zé (José Augusto), estava o Paulo. Quando estava o Zé e o Paulo, cada um estava na sua vida", afirmou.
"Para não ser mal educado…. A acusação é pura fantasia", disse o funcionário judicial.
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Júlio Loureiro diz que nunca acedeu a "absolutamente nada"
Relativamente à existência de um acordo para beneficiar o Benfica, nega toda a acusação.
"Não sei nada dos acessos feitos pelo José Augusto ao Citius", referindo-se ao portal de gestão de processos nos Tribunais Judiciais de Portugal. "Nunca acedia a nada. Nunca recebi benefícios. Absolutamente nada", afirmou.
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Árbitro teve de sair da sala
Momento de alguma confusão no tribunal.
Antigo árbitro assistente Bertino Miranda estava na sala, mas teve de sair.
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Funcionário judicial diz que não se lembra "de ter pulseira e entrar na zona VIP"
Questionado sobre se tinha conhecimento sobre os preços dos bilhetes do Benfica, Júlio Loureiro falou do jogo de hoje dos encarnados.
"Sei, comprei para hoje e custaram-me 30 euros para um", ironizou.
"Não me lembro de ter pulseira e entrar na zona VIP", conta.
Júlio Loureiro diz que estacionou o carro no parque VIP do Estádio da Luz "uma vez". Quanto a "convites para os jogos em casa na Luz, com pulseira e estacionamento" dados por Paulo Gonçalves, revela que tinha para si, mas se levasse a filha "precisava de outro".
"Eu cheguei a ver lá o Zé Augusto. Deduzo que tivesse convites também".
Posteriormente, Júlio Loureiro admitiu que Paulo Gonçalves, afinal, oferecia bilhetes para os jogos do Sport Lisboa e Benfica.
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"O doutor Paulo Gonçalves é das pessoa mais simpáticas que conheço", diz Júlio Loureiro
Questionado sobre se Paulo Gonçalves lhe pediu informação acerca de um acórdão da federação, Júlio Loureiro diz que "estava publicado no site".
"Não faço ideia porque é que não acedeu ao site, mas fui eu que lhe mandei o acórdão. Queria que ele visse porque ele é mestre em direito de desporto. Pedi-lhe apoio jurídico para um amigo", menciona Júlio Loureiro.
"O doutor Paulo Gonçalves é das pessoas mais simpáticas que conheço", afirma o funcionário judicial esclarecendo que nunca falou sobre a "possibilidade de um familiar do Zé Augusto ter um emprego no Benfica".
Questionado sobre a oferta de camisolas do clube, Júlio Loureiro refere que as mesmas não eram para ele, mas sim "para um casal".
O funcionário judicial diz ainda que quando pediu ajuda para falar com alguém do Novo Banco por causa de uma conta caucionada da mulher, "o Paulo Gonçalves não respondeu".
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Júlio Loureiro nega todos os factos da acusação
O funcionário judicial negou em Tribunal todos os factos da acusação, ainda que de forma algo confusa.
Júlio Loureiro considera que a oferta de bilhetes por parte de Paulo Gonçalves "não tinha gravidade nenhuma".
Os dois mantinham uma aparente relação de amizade e Paulo Gonçalves visitava o restaurante da mulher de Júlio, que lhe oferecia "garrafas de vinho".
Confrontado com frases e conversas gravadas pelas escutas, o funcionário judicial diz que estão "descontextualizadas" e pediu à juíza para poder explicar-se.
Júlio Loureiro esclareceu ainda que não foi através dele que "o Paulo Gonçalves teve acesso aos dados da segurança social de vários árbitros".
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Funcionário judicial afirma que "todos os clubes dão convites"
O arguido do processo E-Toupeira disse esta quarta-feira em julgamento que "todos os clubes dão convites" quer seja "a magistrados" ou a "polícias".
Numa altura em que se ouvem as escutas no Tribunal Central Criminal de Lisboa, Júlio Loureiro afirma que já não se lembra de nada.
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Segunda sessão a 6 de outubro
Próxima sessão do julgamento está marcada para quarta-feira, 6 de outubro.
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