Ministério Público deteta transferências suspeitas de 17 milhões.
Dezassete milhões de euros passaram pelas contas de Joaquim Barroca, administrador do Grupo Lena, e entraram no universo empresarial de Carlos Santos Silva. O objetivo foi branquear o dinheiro que se destinava a José Sócrates. Quem o diz é o juiz Carlos Alexandre, que nos mandados de detenção do empresário garante estar em causa uma "vantagem indevida" ao ex-primeiro-ministro. Os despachos foram ontem tornados públicos pela revista ‘Sábado’, que dá ainda conta da existência de uma plataforma giratória para dissimular o rasto das luvas.
Nos mesmos mandados, o juiz diz ainda que Joaquim Barroca tentou forjar documentos para ajudar Sócrates e Santos Silva. Estava em causa o pagamento de uma avença de 12 mil euros que terá sido forjada. Paulo Lalanda de Castro usou a ILS – a mesma empresa que beneficiou do perdão fiscal no caso dos vistos gold – para atribuir um segundo vencimento a Sócrates.
Nos últimos meses, Joaquim Barroca criou documentos que justificavam um pagamento de 250 mil euros a Lalanda de Castro, mas, segundo o Ministério Público, é tudo falso. Era apenas mais uma manobra para fazer rodar o dinheiro e conseguir que o rasto do mesmo fosse apagado.
Outro dado novo nos mandados de detenção: há elevadas quantias transferidas para Barroca por um holandês e por Hélder Bataglia, empresário luso-angolano que foi administrador da Escom e também do antigo BES Angola. Essas quantias acabaram nas contas de Carlos Santos Silva que eram usadas exclusivamente por José Sócrates.
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