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Sócrates com pulseira eletrónica em casa

Advogado diz que MP quer alterar medida de coação.

06 de junho de 2015 às 19:17

Sócrates ouvido pelo Ministério Público em Lisboa

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João Araújo, advogado do ex-primeiro-ministro José Sócrates, informou este sábado a intenção do Ministério Público (MP) de alterar a medida de coação do antigo governante de prisão preventiva para prisão domiciliária.

O advogado acrescentou que a medida de coação do antigo governante, que se encontra detido preventivamente desde 25 de novembro de 2014, será analisada na terça-feira e que o ex-líder socialista se irá pronunciar sobre a questão.

Questionado pelos jornalistas sobre se a proposta de alteração da medida de coação do ex-primeiro-ministro lhe agrada, João Araújo respondeu: "A mim pessoalmente não me agrada".

"Não me agrada, porque acho que não há motivos para qualquer medida de coação, esta ou outra", frisou.

MP vai pedir domiciliária para Sócrates

"O que a lei diz é que o arguido tem de se pronunciar, portanto o engenheiro Sócrates tem até terça-feira [quando termina o prazo para a reanálise da medida de coação] para se pronunciar", concluiu.

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, no âmbito da "Operação Marquês". Está indiciado pelos crimes de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção, sendo o único arguido ainda em prisão preventiva neste processo, depois de o empresário Carlos Santos Silva estar em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, desde o final de maio.

No âmbito do processo, são ainda arguidos os empresários Joaquim Barroca Rodrigues, do Grupo Lena, Lalanda de Castro e Inês do Rosário, mulher de Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e o antigo motorista de José Sócrates João Perna.

Reação de António Costa

O secretário-geral do PS escusou-se a comentar a proposta do Ministério Público sobre a eventual passagem a prisão domiciliária do antigo primeiro-ministro socialista José Sócrates, avançada pelo advogado do ex-líder do PS.

"[Digo] o que sempre disse. Sabem que eu, decisões judiciárias, não comento", limitou-se a dizer António Costa, à saída do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, após a convenção nacional do Partido Socialista.

Reação de Passos Coelho

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, escusou-se este sábado a comentar a eventual alteração da medida de coação ao ex-chefe do Governo José Sócrates de prisão preventiva para domiciliária, anunciada pelo advogado de defesa.

"Não farei sobre isso nenhum comentário. É uma matéria que está nesta altura na esfera de competência judicial e não quero adiantar nenhum comentário", limitou-se a responder Pedro Passos Coelho aos jornalistas, no final de uma cerimónia na Universidade Lusíada, em Lisboa.

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