Sócrates desconhece valor da renda de Paris

José Sócrates assumiu ontem em tribunal que as suas despesas durante a estadia em Paris, para onde foi estudar após perder as eleições, em 2011, ascendiam a 10 mil euros/mês, desvalorizando, contudo, o elevado valor.

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"Os meus gastos com propinas, transportes, casa e alimentação não ultrapassavam os 10 mil euros", afirmou o ex-primeiro-ministro, negando que tivesse gastos de 15 mil euros mensais.

Ouvido por videoconferência no âmbito de um processo que moveu contra 14 jornalistas do Correio da Manhã que, entre outras notícias, publicaram um retrato da sua vida de estudante na capital francesa, Sócrates não soube precisar quanto pagava pelo apartamento no 16º bairro de Paris, admitindo, no entanto, que "não seria dos mais modestos da cidade".O ex-governante alegou que dividiu com uma prima a renda do apartamento que arrendou em Paris, entre 2011 e 2012.

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O recluso 44 começou por negar que alguma vez tivesse declarado que estaria a viver de poupanças, depois de sair do governo, em outubro de 2011. Já acerca do motivo pelo qual se mudou para Paris – o mestrado – garantiu que não pagava 1083 euros em propinas. Recorde-se que Sócrates pediu um empréstimo de 120 mil euros à CGD para ir para Paris.