Foram apreendidas 5,4 toneladas de droga e sete das 37 pessoas foram detidas em Portugal.
Trinta e sete pessoas foram detidas e 5,4 toneladas de droga apreendias em operações que resultaram no desmantelamento de uma organização criminosa que importava da Costa Rica para a Europa cocaína escondida em contentores marítimos cuja carga declarada era fruta.
Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) explica que sete das 37 pessoas foram detidas em Portugal e que as operações decorreram nos últimos meses, em colaboração com a Guardia Civil de Espanha e a Policia de Control de Drogas da Costa Rica, apoiadas pela Europol.
A organização utilizava diferentes portos para introduzir grandes quantidades de droga na Europa, como Setúbal, Antuérpia, Roterdão e Hamburgo.
Segundo a PJ, os responsáveis pelos carregamentos tentavam evitar os controlos aduaneiros, escondendo a droga de diferentes formas, nomeadamente, na estrutura de caixas de cartão ou de paletes, em carregamentos de polpa de mandioca congelada, ou simulando pedaços de vegetais, introduzindo a droga no interior.
No âmbito da partilha permanente de informações policiais -- refere a PJ -, foi possível identificar vários contentores que chegaram ao porto de Setúbal, no verão de 2024, "que poderiam ter sido contaminados na Costa Rica com cloridrato de cocaína".
Vários desses contentores foram sujeitos a inspeção pela PJ, em articulação com a Autoridade Tributária e Aduaneira, tendo os resultados sido positivos.
Foi esta verificação que permitiu depois controlar diversas entregas de contentores para Espanha, resultando na detenção dos destinatários, refere a PJ, acrescentando que houve cinco casos em que "os contentores foram contaminados", resultando num peso total de 731 kg de cloridrato de cocaína apreendidos, pelos quais foram detidas sete pessoas em Portugal.
A operação Guanacaste, lançada na quarta-feira na Costa Rica, permitiu deter vários elementos do grupo e desmantelar a organização criminosa.
A investigação foi iniciada na sequência de várias apreensões em portos sul-americanos e europeus, que levaram à identificação da organização criminosa.
Durante a investigação houve 26 apreensões de cloridrato de cocaína, num total de 5.408 kg.
Destas, cinco foram em Portugal (731 kg), cinco na Bélgica (840 kg), quatro na Holanda (733 kg), duas na Alemanha (60 kg), quatro em Espanha (1.141 kg) e sete na Costa Rica (1.891 kg).
No total, foram detidas 37 pessoas: sete em Portugal, cinco na Alemanha, 13 em Espanha e 12 na Costa Rica.
"Duas das pessoas detidas são consideradas alvos de elevado valor para a Europol, tendo uma delas sido detida em Espanha e a outra na Costa Rica", refere a PJ, explicando que os elementos da organização desmantelada estavam sediados em Portugal, Espanha e Costa Rica.
Ao longo da investigação e devido à utilização de diferentes portos europeus para a introdução da droga na Europa, a EUROPOL colaborou com a OTF MERCURY (Operational Task Force), indica a PJ.
A operação Guanacaste foi realizada no âmbito do Projeto GDIN, financiado pela Comissão Europeia e no qual participam a Polícia Judiciária, a Guarda Civil, a Polícia Nacional da Colômbia, a Polícia Nacional do Equador, a Polícia Federal do Brasil, a Polícia de Controle de Drogas do Panamá, a Direção Nacional de Controle de Drogas da República Dominicana e a Polícia de Dubai.
As investigações prosseguem.
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