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Detidos negam saber que estavam a transportar cocaína

Metade do grupo acusado de traficar mais de 300 kg de cocaína negou ter conhecimento da droga.

09 de setembro de 2025 às 18:18

Três dos seis arguidos no processo em que são julgados pelo tráfico de mais de 300 quilos de cocaína proveniente da Costa Rica, com destino à Bélgica, negaram esta terça-feira - na sessão inaugural do julgamento, que decorreu no tribunal de Leiria - saber exatamente o que transportavam e manuseavam.

Segundo o Ministério Público, os seis detidos, pelo menos desde junho de 2023 que se dedicavam à “aquisição e introdução de cocaína" no País. O produto estupefaciente chegava a Portugal em contentores, pelo Porto de Setúbal, dissimulado em caixas de bananas, e tinha como primeiro destino um armazém no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), em Loures. 

A cocaína, separada em 300 embalagens e avaliada em mais de nove milhões de euros, era suficiente para mais de 1,2 milhões de doses individuais diárias. 

Três dos seis arguidos, um técnico de maturação de bananas, um manobrador de máquinas e um operador de supermercado, são acusados de retirar dos contentores as paletes com cocaína oculta nas bananas, que eram depois substituídos por outras, sem droga. O produto estupefaciente seguia depois para Caldas da Rainha, com o transporte entregue a outro dos arguidos, e era depois acondicionada, pelos dois acusados restantes, em toros de madeira previamente preparados com compartimentos ocos, de forma a evitarem fiscalização no transporte para outros países europeus. 

Rodolfo Duarte, comerciante de automóveis, acusado de providenciar o camião usado no transporte das 95 caixas de bananas que seguiram de Lisboa para Caldas da Rainha, negou ter conhecimento do produto estupefaciente. "Não integro nenhum grupo de tráfico, e não conhecia três dos arguidos", declarou.

Também acusado de um crime de posse de arma e munições proibidas, Rodolfo Duarte admitiu ter comprado uma arma sem licença "por impulso", que a autoridade encontrou no seu cofre, assim como 15 mil euros em dinheiro provenientes, declarou, do negócio dos automóveis. "Estou arrependido de ter comprado [a arma]", disse. O julgamento prossegue a 16 de setembro. 

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