Os cinco reclusos fugiram da cadeia de alta segurança a 7 de setembro.
Os cinco reclusos fugiram da cadeia de alta segurança a 7 de setembro.
Texto originalmente publicado a 7 de outubro de 2024
Faltava muito pouco para as 10 horas do dia 7 de setembro quando, na prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre, cinco criminosos perigosos fugiram e deixaram Portugal em alerta. No momento, ninguém se apercebeu, ninguém deu por nada. A evasão só foi detetada uma hora depois. Passados quase três meses - e com muita contrainformação pelo meio - foram apanhados os dois fugitivos portugueses: Fábio Loureiro, mais conhecido por Fábio 'Cigano', e Fernando Ferreira, conhecido por Fernando 'Careca'.
Fábio foi detido na véspera de se completar um mês sobre a evasão. Foi apanhado em Tânger, Marrocos, às 22 horas de domingo, 6 de outubro. Já Fernando foi detido pela Polícia Judiciária em novembro numa aldeia em Trás-os-Montes. Ambos foram tramados por tentarem manter contacto com as respetivas famílias.
Além de Fábio Loureiro e Fernando Ferreira, fugiram de Vale de Judeus e continuam a monte Rodolfo Lohrmann (argentino), Mark Roscaleer (inglês) e Shergili Farjiani (georginano). Todos têm um largo historial de violência e alguns têm no currículo tentativas de fuga (algumas concretizadas). Os cinco pensaram tudo ao pormenor e precisaram de poucos materiais. A falta de guardas ou as falhas na segurança terão ajudado a concretizar a fuga. A mobilização foi imediata para encontrar os cinco reclusos e devolver alguma tranquilidade aos portugueses. "Quatro dos condenados são perigosos e tudo farão para continuar em liberdade", alertou o diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves.
Telemóveis e acesso às redes sociais permitiram planear fuga
O plano minucioso começou a ser preparado 15 dias antes do dia 7 de setembro. Nessa altura, os reclusos partiram, deliberadamente, algumas lâmpadas à pedrada, deixando a vigilância sem luz após o pôr do sol. A fuga, segundo o diretor da PJ, envolveu "pormenores preparados ao mínimo detalhe". Para o sucesso da evasão, avançou o Correio da Manhã, contribuiu a utilização de telemóveis com os quais contactavam com o exterior. Mesmo não podendo, tinham dispositivos eletrónicos e acesso às redes sociais na prisão. Fábio Loureiro, mais conhecido como 'Fábio Cigano', comunicava com os familiares através do Facebook e até criou uma conta de Instagram na cadeia.
Cúmplices equipados com fardamento militar e falhas dos guardas
O plano de evasão era complexo e não teria tido sucesso sem o auxílio de três cúmplices que estavam no exterior da prisão. Nem os ajudantes puseram em causa o profissionalismo da fuga. Três indivíduos, com trajes militarizados e gorro passa-montanhas, levaram todo o material necessário. E não era muito: duas escadas, uma corda e dois carros bastaram. Os cúmplices ter-se-ão abrigado num esconderijo perto de Vale de Judeus, detetado após a fuga. Os suspeitos escalaram um muro de 10 metros de altura com apoio das duas escadas - uma no exterior e outra no interior. Para ultrapassarem outro muro, de três metros, usaram a corda.
A Polícia Judiciária chegou também a fotografar o ginásio da prisão, por acreditar que Fábio 'Cigano' teria roubado um gancho para ser utilizado na fuga.No momento da evasão, os fugitivos usaram aplicações de telemóvel encriptadas, de forma a evitar escutas, para comunicar com os cúmplices. Imagens de videovigilância mostram, inclusive, Fernando Ferreira a usar um auricular. A hora da fuga foi calculada minuciosamente. Aconteceu no preciso momento em que os reclusos de Vale de Judeus recebiam visitas.
Apesar dos 33 guardas destacados serem suficientes, segundo o entendimento do então diretor dos serviços prisionais, Rui Abrunhosa, os profissionais estariam concentrados no local onde se recebem as visitas. Isto deixou os reclusos sem vigilância no recreio. Os prisioneiros terão aproveitado "falhas nas rotinas dos guardas", assume Rui Abrunhosa, que se demitiu na sequência da fuga mediática. Além disso, os criminosos aproveitaram um 'ângulo morto' das câmaras para escapar. Os criminosos colocaram as escadas no meio do muro, com dezenas de metros de extensão, o que impossibilitou a visualização da fuga através de câmaras colocadas nos extremos da infraestrutura.
O nome dos fugitivos, o cadastro e a ajuda no exterior: o que se sabe sobre a fuga dos reclusos de Vale de Judeus
O perfil dos criminosos "perigosos"
Os cinco reclusos foram descritos pelo diretor da Polícia Judiciária como muito perigosos. Luís Neves disse mesmo que a fuga se tratava de um "crime complexo, altamente organizado, muito bem preparado, com gente muito perigosa e com elevado grau de mobilidade, até em termos internacionais". A descrição foi precisa e os factos suficientes para criar alarme. Entre condenações que vão dos 7 e aos 25 anos de prisão, o rol de crimes pelos quais foram acusados é extenso: tráfico de droga, rapto, branqueamento de capitais, sequestro, extorsão, entre muitos outros.
Reação demorada e falta de formação
Quase uma hora separou o momento em que os reclusos concluíram a fuga (às 10h01) e o primeiro sinal dos guardas (às 11h00).O aviso inicial foi dado por um guarda prisional que conduzia uma Ford Transit no perímetro da prisão. Pela mesma hora, um recluso avisou um dos guardas que vigiava os presos. "Fugiram cinco", terá dito. Ao contrário do que seria de esperar, não foi acionado o botão SIRESP (sistema de comunicação entre as forças de segurança e Proteção Civil), que alertaria todos os órgãos de polícia portugueses. A ocorrência só foi comunicada por rádio e Frederico Morais, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, justificou o motivo: "Os equipamentos têm, de facto, a possibilidade de comunicação com a rede SIRESP, mas os guardas nunca receberam formação sobre como utilizar essa funcionalidade". Ao Correio da Manhã, um guarda prisional que estava de serviço no momento da fuga explicou os procedimentos aplicados assim que foi conhecida a evasão.
“Um colega deu o alerta e vimos uma escada”: O testemunho de um guarda prisional de serviço durante a fuga de Vale de Judeus
O guarda prisional Sérgio Brilhante explicou que encerraram a prisão, contaram os reclusos, identificaram os prisioneiros evadidos e comunicaram a situação às autoridades competentes. Nos minutos seguintes, o alerta correu todas as instâncias de segurança, desde a corporação à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais. A PJ e a PSP foram notificadas cerca de três horas depois da fuga. Ainda na noite da evasão, a PJ realizou buscas nas celas da cadeia de Vale de Judeus. Passadas mais de nove horas do momento da fuga, foi acionada cooperação internacional para a captura dos reclusos.
Os mandados de captura europeus só foram emitidos 80 horas depois, e um dia antes do mandado de detenção internacional - que visa os países fora da Europa. As autoridades espanholas, que se apressaram a controlar as fronteiras, emitiram alertas e lançaram apelos nas redes sociais para a fuga dos criminosos perigosos. Durante este mês em que os reclusos têm estado evadidos, as autoridades portuguesas foram acionadas para múltiplos avistamentos um pouco por todo o lado: Coimbra, Lousã ou Porto são apenas alguns exemplos. Todos partiram de alertas de cidadãos preocupados. Todos foram despistados rapidamente. Desde a fuga, pelo menos 18 guardas prisionais - dos 38 que estavam de serviço - já foram ouvidos, como testemunhas, no inquérito. Nenhum foi constituído arguido.
Do plano minucioso às demissões: Fuga da cadeia de Vale de Judeus foi há uma semana
Prisão sem cerca elétrica, sem diretor e sem torres
Na sequência da fuga protagonizada pelos cinco criminosos muito se falou sobre as condições do estabelecimento prisional, que costuma receber os reclusos mais perigosos. O ex-diretor da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa, disse que a cerca eletrificada com "painéis sensoriais de infravermelhos" nunca foi ativada porque deitava a luz abaixo. No dia em que ocorreu a evasão a prisão não tinha torres, nem diretor, nem chefe.Por partes: as quatro torres de vigia que auxiliavam o trabalho dos guardas foram desmanteladas em 2017. A intenção seria construir novas torres, mas as obras não avançaram por falta de dinheiro.
"Previa-se um custo na ordem dos 250 a 280 mil euros por torre, o que significa um orçamento superior a um milhão de euros", justificou o ex-subdiretor da DGRSP, Pedro Veigas Santos. Além das infraestruturas, também a estrutura organizativa da prisão estava debilitada. Desde que se reformou o antigo diretor, quatro meses antes da evasão, que o cargo estava por ocupar. O comissário de guardas estava de baixa. No dia da fuga, os guardas de serviço eram, por falta de chefes, liderados por um outro guarda.
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Declarações adiadas e demissões
Nas horas seguintes à fuga, as principais figuras portuguesas - de políticos a responsáveis diretos pelo funcionamento das prisões - tardaram em reagir ao sucedido. Alicerçadas na intenção de proteger as diligências das autoridades, foram adiando as declarações. A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, falou apenas três dias depois, por entender que só aí tinha chegado "o momento de falar" após ter sido dado "espaço à investigação". Entre a fuga e a reação da ministra, foram várias as declarações, algumas contraditórias, que foram surgindo. O Presidente da República foi um dos primeiros a pronunciar-se e disse logo que estava a "acompanhar a situação desde o primeiro minuto".
Sem grandes informações sobre o caso, Marcelo Rebelo de Sousa expressou o desejo de ver tudo resolvido "o mais rapidamente possível". No dia seguinte, numa conferência de imprensa conjunta com as principais figuras das autoridades portuguesas, foram revelados novos detalhes sobre a fuga. Num discurso assertivo, Rui Abrunhosa recusou categoricamente demitir-se do cargo de Diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais. "Era a decisão mais fácil", alegou. Mas foi uma decisão inevitável. A demissão chegou a 10 de setembro.A conferência não permitiu perceber como tudo tinha acontecido: "Algo falhou".
As baterias das autoridades estavam apontadas a descobrir o paradeiro dos criminosos e alertar a população para se abster de entrar em contacto com os perigosos foragidos. A oposição apressou-se a pedir esclarecimentos. Face ao silêncio da ministra - que se mantinha sem prestar declarações dois dias após a fuga - Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal pediram esclarecimentos urgentes. O Chega acusou o Estado português e os serviços prisionais de "negligência".
O Governo, pela voz do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, admitiu que a fuga não foi alheia a um "ciclo de desinvestimentos". Mais uma vez a falta de recursos, que também foi apontada recorrentemente pelos sindicatos como o principal motivo para a evasão. Ao terceiro dia, a ministra da Justiça finalmente falou. Num discurso em que apresentou dados de um relatório preliminar sobre a atuação dos serviços prisionais, Rita Júdice foi clara: "Temos fundamento para concluir que a fuga resultou de uma cadeia sucessiva de erros e falhas graves e grosseiras". A ministra, que apresentou uma cronologia completa dos acontecimentos, assumiu que este é um caso de "gravidade extrema" que "não pode ser desculpado".As reações políticas à fuga, que resultou numa demissão, terminou, por enquanto, com a nomeação de Carlos Moreira como novo diretor da prisão de Vale de Judeus.
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Imprensa internacional faz eco do caso
A mediática fuga de Vale de Judeus não foi notícia só em Portugal, mas também na imprensa internacional, quer pela presença de reclusos estrangeiros entre os foragidos, quer pelo nível de perigo dos criminosos em causa. Os meios argentinos foram os primeiros a expressar surpresa pela evasão em Vale de Judeus, que deixou à solta um "perito em fugas".
"Mais de duas décadas depois do sequestro e assassinato do jovem Cristian Schaerer, o principal suspeito do crime, Rodolfo, fugiu da cadeia onde estava detido em Portugal e onde esperava a sua extradição para a Argentina. Schaerer foi sequestrado a 21 de setembro de 2001 e nunca mais se soube dele", referiu o jornal La Nación. Da Argentina chegou também a tristeza da mãe de Cristian. "Não consigo parar de chorar. Lohrmann era a minha única esperança para saber o que fizeram ao Cristian", disse a mulher, citada pelo Clarín. Também o pai de Cristian se mostrou desapontado com a atuação dos serviços prisionais portugueses. "Sempre achámos que as prisões na Europa eram seguras, mas fomos totalmente surpreendidos", disse ao Diario Época.
Os meios ingleses também fizeram alusão à evasão do britânico Roscaleer. "Prisioneiro violento escapa com escada", escreveu o The Sun. "Entregou-se à polícia em 2015 depois de estar nove dias em fuga", acrescentou o Daily Mail. A Sky News também destacou as falhas nas infraestruturas da prisão. Em Espanha, dada a proximidade geográfica e o perigo real de fuga dos reclusos para o país vizinho, os jornais realçaram a mobilização de dispositivos policiais para a fronteira.
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As capturas de Fábio 'Cigano' e Fernando 'Careca'
A necessidade de manter contacto com a família acabou por tramar os dois fugitivos portugueses. Fábio Loureiro foi detido na noite de 6 de outubro, domingo, em Tânger, Marrocos. A mulher estava a ser vigiada pela PJ 24 horas por dia e bastou uma visita ao namorado para que este acabasse detido. No momento em que foi apanhado, estava numa carrinha com um cúmplice também português. O objetivo do fugitivo era chegar à Argélia para evitar a extradição. Antes de rumar a Marrocos, Fábio passou ainda algum tempo em Sevilha, onde terá pessoas próximas.
Fernando conseguiu manter-se mais tempo longe dos radares das autoridades. Para isso, recorreu a equipamento tecnológico que lhe permitia fazer contactos sem ser detetado. Este material foi apreendido, juntamente a uma arma com silenciador e munições, quando Fernando foi apanhado pela PJ, a 22 de novembro, num casebre na aldeia de Castanheira de Chã, em Montalegre. Fernando chegou a ser visto pelos vizinhos, mas "o velhinho de barba branca" era tido como inofensivo.
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