Empresário condenado a 13 anos de prisão por tentar matar três pessoas em Coimbra

Foi condenado no Tribunal de Coimbra, a 13 anos de prisão, o empresário que disparou contra a mulher e três amigos com quem ela estava, na empresa de ambos, em Vendas da Pousada, em Coimbra. O crime ocorreu a 1 maio do ano passado.

O agressor estava acusado de quatro crimes de homicídio qualificado na forma tentada e um por posse de arma proibida.

Foi absolvido de um dos crimes de homicídio e condenado pelos restantes.

No julgamento, apesar de não se lembrar de como é que tudo aconteceu, por estar alcoolizado depois de um dia de caça e convivo, o arguido disse, “ser tudo verdade” os factos de que era acusado.

Pediu desculpa às vítimas e não consegue encontrar “qualquer tipo de motivação para os crimes” que cometeu, referiu durante o julgamento o empresário, de 57 anos, que está em prisão preventiva desde junho do ano passado.

Tudo aconteceu no final de uma reunião, na empresa de que era dono em conjunto com a mulher, de que se separou entretanto, que ali costumava preparar e organizar caminhadas com os amigos.

Nesse início de noite o empresário surpreendeu o grupo ao aparecer munido de uma caçadeira e disparou em direcção às vítimas e os respectivos carros, quando abandonavam as instalações.

Por ter ficado sem munições agrediu, a que era à altura do crime sua mulher e sócia, com a cronha da arma de fogo.

Depois abandonou o local e tentou suicidar-se em casa.

O agressor e as vítimas sofreram lesões graves e estiveram vários dias no hospital e estão ainda a receber tratamento e acompanhamento médico.

O arguido foi condenado a 13 anos de prisão e ao pagamento de 245 mil euros de indeminizações, num valor inferior ao que era pretendido pela defesa que vai “analisar o acórdão e depois ponderar um eventual recurso”, disse Luís de Castro Caseiro, advogado das vítimas.

Com uma pena que podia chegar aos 16 anos de prisão pelos três crimes de homicídio qualificado na forma tentada, foi condenado a 13 anos, beneficiando do pedido de desculpas que fez às vítimas e ter assumido, por iniciativa própria, ao pagamento dos danos patrimoniais.