‘Vítor do Ouro’ diz que ia emprestar dinheiro a Madureira.
Falavam de bilhetes e de dinheiro. A PJ do Porto diz que a conversa intercetada a Fernando Madureira e ‘Vítor do Ouro’ – o primeiro, líder dos Super Dragões, o segundo, um dos principais traficantes de droga do Porto, agora em prisão preventiva – estava relacionada com a venda de estupefacientes. ‘Vítor do Ouro’ tem outra versão: no primeiro interrogatório judicial, no último sábado, disse que Madureira lhe pediu dinheiro emprestado para comprar bilhetes para um jogo FC Porto-Benfica. Não esclareceu porque era necessário o empréstimo, já que o interlocutor é o líder da maior claque dos dragões.
Outra conversa intercetada em que também se fala de bilhetes e que foi lida aos suspeitos. O interlocutor é Augusto Fernandes, da Auguscar – o stand onde Angélico Vieira alugou o carro com o qual sofreu o acidente fatal. Mais uma vez, Vítor diz que não é droga. Estavam a falar da necessidade de comprarem bilhetes para o FC Porto-Chelsea que estavam, afinal, esgotados.
São muitas as provas, numa investigação que remonta, pelo menos, a novembro de 2014. ‘Vítor do Ouro’ foi apanhado com mais de 20 kg de droga que iria vender nos bairros do Porto. Levava uma vida luxuosa: tinha um Audi A7 e a mulher um Porsche Panamera. Identifica-se como um homem de mil ofícios: vende carros, gere um café, treina um clube de futebol juvenil e tem um papel determinante na claque liderada por Madureira.
Preso pela PJ na véspera de Natal, diz o juiz que os locais usados por Vítor para comercializar o produto eram zonas hostis à polícia. E enumera-as: estádios de futebol, o café Bola 13, as zonas da Sé e da Escarpa e alguns restaurantes onde conheciam os proprietários.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.