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"Estranhei não chamarem a PSP": Antigo diretor de comunicação do FC Porto testemunhou no processo Pretoriano

Francisco J.Marques diz que não existiu intimidação, mas no dia seguinte à assembleia tinha condenado violência.

04 de junho de 2025 às 01:30
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'Estranhei não chamarem a PSP': Antigo diretor de comunicação do FC Porto testemunhou no processo Pretoriano

O antigo diretor de comunicação do FC Porto alegou esta terça-feira no julgamento da operação 'Pretoriano' que na assembleia extraordinária de 13 novembro de 2023 apenas viu insultos de parte a parte e uma situação de agressões físicas. Francisco J. Marques disse ainda que não viu atos de intimidação. "A única estranheza que tive durante a assembleia, e visto que tinha pouca segurança, foi o facto de a polícia não ter entrado”, alegou no Tribunal de São João Novo, no Porto. 

A advogada do clube portista confrontou depois Francisco J. Marques com as declarações que fez num programa televisivo no dia seguinte à assembleia. O ex-diretor de comunicação falava numa "quase benfiquização" do clube, condenava a violência e mencionava a existência de sócios "agredidos" e "coagidos". Essas declarações constam de uma notícia que o FC Porto pediu agora que seja junta ao processo. O tribunal vai avaliar o requerimento.

Francisco J. Marques foi arrolado como testemunha de defesa de Fernando Saul, um dos 12 arguidos do processo e oficial de ligação aos adeptos. Lembrou durante o depoimento que ainda viu Fernando Madureira a gesticular na bancada, mas que ficou com a ideia de que "estava a tentar controlar a situação" após ter existido um episódio de confrontos. A testemunha descreveu também que existia descontentamento dos sócios em relação à direção de Pinto da Costa. "Criou-se a ideia que aquela revisão estatutária era um golpe e não era nada disso. Em assembleia, os sócios são aliás soberanos para decidirem quando é que os estatutos entram em vigor, seria só após as eleições”, alegou.

No julgamento foram ainda ouvidas mais testemunhas de defesa, nomeadamente outros sócios que também estavam na assembleia. Não relataram, ao contrário das testemunhas de acusação, episódios de violência e deram conta de que Pinto da Costa foi alvo de vários insultos. "Ouvíamos muita coisa, diziam que o velhote já devia ter morrido", relatou Bruno Nogueira, um sócio.

Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva. Responde por um total de 31 crimes. Recorde-se que estão em causa atos de violência na assembleia do clube. A acusação diz que foi montando um plano para calar os apoiantes de Villas-Boas. 

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