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Fogo lavra com intensidade em Almeida por causa do vento

Autarca disse, por volta das 20h00, que na linha do fogo está um posto de combustível no Azinhal, que está neste momento "dois quilómetros à frente das chamas".

21 de agosto de 2025 às 21:25

O fogo no concelho de Almeida lavra com intensidade desde o princípio da tarde desta quinta-feira após passar o vale do rio Côa, depois de as chamas terem chegado do município de Figueira de Castelo Rodrigo.

"A situação está mais calma, mas não controlada. A preocupação é agora uma frente que está a ser combatida na EN [Estrada Nacional] 340, na zona de Aldeia Nova, e que continua a avançar", disse António José Machado, presidente da Câmara Municipal de Almeida, no distrito da Guarda.

O autarca acrescentou, por volta das 20h00, que na linha do fogo está um posto de combustível no Azinhal, que está neste momento "dois quilómetros à frente das chamas".

"Os bombeiros estão no terreno a combater essa frente, que está a progredir com intensidade por causa do vento. Ainda contamos com alguns meios aéreos, mas dentro em breve vão deixar de operar por causa da noite, pelo que vamos ter mais sobressaltos nas próximas horas", referiu.

As zonas de Valverde e das Termas da Fonte Santa já estão "mais calmas", indicou o autarca de Almeida, concelho que faz fronteira com Espanha.

No entanto, António José Machado alertou para os constantes reacendimentos, numa zona do município raiano com "orografia muito acidentada" e onde o vento tem "tornado as coisas ainda mais difíceis".

Pelas 20h30 estavam empenhados no combate às chamas 187 homens e 55 veículos, meios que vão continuar a ser reforçados durante a noite.

Durante a tarde desta quinta-feira, um bombeiro da corporação de Pinhel ficou ferido com gravidade, quando o veículo que conduzia foi atingido pelas chamas, em Valverde, no concelho de Almeida.

O voluntário de 45 anos sofreu queimaduras graves e foi transportado pelo helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica para os Hospitais de Coimbra.

Este incêndio começou pelas 14:58 na localidade de Cinco Vilas, em Figueira de Castelo Rodrigo, na quarta-feira, e avançou pelas margens do rio Côa para os concelhos de Almeida e Pinhel, onde está a consumir mato em zonas acidentadas de difícil acesso.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual dispõe de dois aviões Fire Boss, estando previsto chegarem mais dois aviões Canadair na sexta-feira.

Segundo dados oficiais provisórios, até 21 de agosto arderam 234 mil hectares no país,

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